terça-feira, 13 de maio de 2008

O nosso amigo João Pereira (EB1 do Entroncamento), de quem publicámos há umas semanas o relato de uma interessante viagem espacial, enviou-nos desta vez uma história com os pés (e os dentes) bem assentes na Terra. Uma espécie de volta ao mundo em…80 dentadas:

“O menino que comeu o mundo”

Era uma vez um menino que demorava muito tempo a comer. Conversava, conversava e a comida continuava no prato. Tudo servia para o distrair, até que a mãe reparou no que ele estava a fazer.
Dividiu a comida em duas metades e disse:
- Mãe, vou comer o mundo, mas primeiro vou dividi-lo em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul e a linha que o separa chama-se Equador.
- Meu Deus! – Exclamou a mãe. – Se tu demoras tanto tempo a comer um prato de arroz, quanto tempo demorarás a devorar o mundo?!
Então o menino começou por comer o hemisfério Sul, e ia dizendo:
- Mãe já comi o Brasil! Agora vou comer o Sul de África, a Oceânia e a seguir vou comer o glaciar Antárctico -Disse o menino.
Continuou a comer, até que chegou à Antárctida e, exclamou rindo:
- Mãe, mãe, encontrei um osso polar!
-Estás maluco? – Disse a mãe. - Vê lá se encontras o proprietário!
Comido o hemisfério Sul, ele deliciou-se com a zona Este do hemisfério Norte. Comeu parte da Ásia e ainda da Europa. Depois, quase enfartado, comeu Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Alemanha e América do Norte, mas não cumpriu o objectivo, que era comer o mundo inteiro.

O menino olhou em redor e viu uma laranja, e disse:

-Vou comer a Lua, o satélite natural da Terra. Depois de a comer, reparou na revolta dos mares, que sem a influência da Lua, engoliram o resto dos países e o mundo desapareceu. O menino respirou de alívio e disse:

-Mãe, mãe, o que é que vou comer ao jantar?

João Carlos Carvalho Pereira - EB1 do Entroncamento – 4º ano

1 comentários:

Anónimo disse...

Gostei imenso da tua história. Fez-me sentir bem num dos dias em que cheguei a casa muito cansada.
Vou recomendar as tuas histórias a todos os meus amigos e amigas que precisem de um remédio para a fadiga.
Além disso, segundo fontes que não posso revelar, parece tratar-se de uma história vivida pelo nosso escritor. Muitos parabéns!