quinta-feira, 27 de maio de 2010

HISTÓRIA DO MÊS

HISTÓRIA DO MÊS

Era uma bela noite de Primavera e eu dirigi-me para a janela do meu quarto.
Estava lua cheia.
A Lua brilhava de tal forma que iluminava tudo à minha volta.
Ao mesmo tempo, parecia que existia uma magia especial no ar que tornava tudo mais belo.
Senti que aquela noite fantástica e calma estava diferente.
Parecia que algo de belo estava para acontecer e foi nesse instante que olhei novamente para a Lua e… vi uma enorme escada de corda pela qual ela descia em todo o seu esplendor.
Vinha toda vestida de branco e trazia na cabeça um diadema todo feito de estrelas muito brilhantes. Na mão, trazia um ramo feito de pequenos cometas.
Quando se aproximou de mim, cumprimentou-me, perguntando:
- Olá, quem és tu?
E eu apresentei-me, dizendo:
- Sou uma menina terrestre e a senhora é a Dona Lua, certo?
- Claro que sou e estou pela primeira vez na Terra. Não conheço cá ninguém e preciso que alguém me dê abrigo. Fazes-me esse favor? – pediu, com um olhar terno.
- Pode contar comigo! Mas qual a razão desta sua visita à Terra? – perguntei curiosa.
- Ai, ai, é uma história muito longa e que já dura há milhões de anos… - suspirou. Sabes? Eu estou apaixonada pelo Sol. Há muito que comunicamos, olhando-nos, por carta, via satélite, por telemóvel e até já pela Internet mas, para dizer a verdade, nunca estivemos mesmo cara-a-cara ou seja, juntos. – explicou.
Ai, Dona Lua, o amor é lindo! – comentei.
E, continuando, a Dona Lua foi dizendo:
- De modo que, não aguentando mais esta paixão, nesta bela noite de Primavera, resolvi vir até à Terra, pois sei que também o Sol anda por aqui com muita frequência, durante o dia. E para o ver bem cedinho, preciso de uma janela virada a Nascente.
- É para já, Dona Lua! Tem aqui exactamente a janela do meu quarto! – ofereci eu, com muita alegria.
Afinal, pensando bem, não é todos os dias que temos a Dona Lua, aqui mesmo ao pé de nós, ao vivo e a cores! – pensei para mim mesma.
Mas, pensando na longa descida e no cansaço da Dona Lua, virei-me para ela e sugeri:
- Se calhar, era melhor a senhora descansar um pouquinho, enquanto o senhor Sol não desponta. Tem aqui a minha cama à sua disposição.
Visivelmente cansada e muito emocionada, a Dona Lua resolveu aceitar a minha oferta e instalei-a, então, confortavelmente, no meu quarto.
Antes de eu própria adormecer, comecei a pensar no que poderia ainda fazer por aquela alma apaixonada.
Decidi que lhe prepararia um belo pequeno almoço para depois de ela ter utilizado o S.P.A., pela manhã, e que contrataria uma esteticista para a maquilhar.
E agora vou contar um segredo de que ela nem suspeita: há muito que o Senhor Sol também deseja encontrar-se com ela, para a pedir em casamento, aqui na Terra, só que não tem tido oportunidade… E, além do mais, há algo que ele nunca conseguiu compreender nela: o facto de ora ser grande, ora ser pequena e de, por vezes, até desaparecer! Eu já lhe expliquei que são caprichos de mulher, enfim!...
E, durante a noite, fui várias vezes ao quarto, para ver se a Dona Lua estava bem e, de cada vez que a observei, via-a sempre com um sorriso calmo, parecendo-me que estaria a sonhar. Com o Senhor Sol, de certeza!
Entretanto a manhã aproximava-se e eu acordei a Dona Lua, não fosse ela atrasar-se e perder este encontro tão esperado!
Enquanto ela estava no S.P.A., eu pus a mesa para o pequeno-almoço e, entretanto, ela apareceu e ficou admirada com tanta coisa que havia para comer mas, preocupada com a linha, comentou:
- Tenho de ter algum cuidado! Vou só comer esta tarte em forma de meia-lua!
- Não se preocupe, Dona Lua! Com o S.P.A., já está mais elegante e depois da maquilhagem, nem se fala! – afirmei, para a animar.
E, como que por magia, eis a Dona Lua, linda de morrer, toda maquilhada e com o seu belo vestido branco, a tiara, o ramo…
Ah! – exclamei. – E os sapatos?
De repente, lembrei-me de recorrer à minha amiga Cinderela e, prontamente, ela me cedeu o seu belo par de sapatos de cristal e ficou tudo resolvido.
Entretanto, olho para a janela do meu quarto e lá estava, reflectido, o primeiro raio de Sol a que se juntou outro e outro até ele aparecer, também, em todo o seu esplendor, aproximando-se cada vez mais.
A Dona Lua, tonta de tanta luz, quase caía para o lado e o senhor Sol, emocionado, logo ali a pediu em casamento.
Claro que ela aceitou de imediato e logo ali se enviaram os convites a todas as estrelas, planetas e cometas.
Foi um casamento lindo e o padrinho foi o planeta Saturno que ofereceu dois dos seus anéis para servirem de alianças, aos noivos. A madrinha fui eu, afinal a única terrestre a assistir a tudo isto! Que sortuda!
Os noivos partiram em lua-de-mel por todos os planetas e viveram felizes para sempre, com muitos filhos: estrelinhas e planetas de todas cores, tamanhos e feitios.
E tudo está bem, quando acaba bem!

Dulce Carvalho e Maria Helena Lima (Professoras)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

HISTÓRIA DO MÊS

Iniciamos hoje a publicação das histórias do mês referentes a Maio/Junho. Esta actividade conta não só com a participação dos alunos mas também com a dos professores, funcionários, encarregados de educação, etc.

Histórias da Lua

Era uma bela noite de Primavera e eu dirigi-me para a janela do meu quarto.
Estava lua cheia.
A lua brilhava de tal forma que iluminava tudo à minha volta.
Ao mesmo tempo parecia que existia uma magia especial no ar que tornava tudo mais belo.
Senti que aquela noite fantástica e calma estava diferente.
Parecia que algo de belo estava para acontecer e foi nesse instante que olhei novamente para a Lua e...
Imensa e brilhante, deitada num céu de seda, a lua penteava os seus enormes raios de luar que se espalhavam pelo firmamento, como se fossem cabelos.
Aquela imagem mágica invadiu-me e, durante um tempo que pareceu infinito, fiquei parada a olhar o céu como se o tempo acabasse ali, naquela noite em que o luar parecia estar a dizer-me: “Anda comigo! Anda comigo!...”
Depois, motivada por aquele convite, olhei para trás. E como se não sentisse algum barulho vindo do resto da casa, decidi agarrar um desses raios de luar-cabelo, que a Lua, com muita simpatia, me estendia.
Com cuidado, sentei-me no raio. Agarrei-o bem com uma mão e, com a outra, agarrei a extremidade, fazendo um baloiço que me levaria num passeio pelo céu. Que bonita que era a vista lá de cima: as cores e os sons da noite; a cidade na sua habitual confusão esquisita de luzes que se apagam e de luzes que se acendem…
“Sabes, Lua”, disse, “eu acreditava que as estrelas eram pirilampos que iluminam a noite e afastam os medos. E tu uma fada que conta histórias para nos encantar”.
Ficámos a conversar e a passear, eu e a Lua, durante toda a noite. De vez em quando parávamos à beira de um lago ou na imensidão de uma floresta, e ficávamos em silêncio a contemplar.
E a Lua disse-me muitas coisas. Mas houve uma que me ficou gravada como um sussurro que persiste no tempo: “Nunca te esqueças de sonhar! Os sonhos são como anjos que nos amparam; são como tesouros no mar; são como livros que nos dão asas para voarmos mais longe, cada vez mais longe…“.
A seguir a Lua deu-me um beijo. Abraçou-me com os seus cabelos e ficou a embalar-me até o esquecimento se apoderar de mim.
Nessa manhã, acordei devagar e dentro de mim a memória trauteava uma canção que tinha ouvido na rádio: “Benditas coisas que eu não sei…”.

Maria João Leitão (Professora de Educação Musical)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

AUTOR DO MÊS

Integrada no tema "AUTOR DO MÊS", para a qual foi seleccionada, em Maio/Junho, a escritora ILSE LOSA, propomos-te que participes numa das seguintes actividades, apresentando um trabalho que pode ser:
- Pesquisa biográfica sobre ests autora;
- Reconto, sob a forma de resumo, de uma das suas obras;
- Dar um final diferente a uma das suas histórias.
Ora vamos lá... mãos à obra!
Haverá surpresas para os participantes!

domingo, 2 de maio de 2010

DIA DA MÃE

É com imenso prazer que publicamos este belo poema da autoria da nossa estimada colega professora Celeste Correia. Com ele, e graças a ela, prestamos aqui homenagem não só às nossas Mães como a todas as outras Mães do mundo!

Mãe:
Perdido no oceano da vida,
Já não sabia o que fazer.
Chorei:
Porém, um raio de luz me invadiu.
Fechei os olhos e escutei:
Magia, Carinho, Ternura!
O Mundo grande como o Horizonte
Vasto como o mar.
Brilhante e QUENTE como o SOL-nascente!
Eras tu, Minha Mãe
A vestir-me de afecto
A Atapetar-me de amor e carinho
Para a Liberdade de ser eu próprio.
Obrigado, Mãe!
Por me fazeres escutar-te com atenção,
Por renunciares à vida por mim,
Me chamares à razão.
Contigo do meu lado, não há longe nem distância
Foste o começo da minha vida,
És a Estrela-Herói que alimenta a minha Esperança!
Obrigado, Mãe!
As manhãs da minha existência
Serão de SOL-Nascente
A brilhar nas ondas de um Mar calmo
Varrendo os desalentos, antes do amanhecer!

Para todas as Mães de Portugal,
Com um beijinho embrulhado em papel de chocolate.

Autora: Maria Celeste Brigas Dias Correia