quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

SUGESTÕES DO CATA LETRAS

















Quando se avizinha uma breve interrupção das actividades lectivas, o Cata Letras aproveita para sugerir dois títulos que serão útil companhia até ao regresso à escola. Duas sugestões subscritas pelo Plano Nacional de Leitura, dois livros que poderão requisitar na nossa biblioteca, ou, se quiserem, duas prendas que poderão sugerir ao Pai Natal.

O da esquerda, Estrela à Chuva, foi escrito pela portuguesa Teresa Maia Gonzalez e recomendamo-lo, sobretudo, a alunos do segundo ciclo. É a história de uma adolescente obcecada pelo êxito e pela fama, ao ponto de pôr em causa quase todas as relações familiares e de amizade.

O da direita, O Perfume, é do alemão Patrick Suskind e trata-se de um verdadeiro sucesso do mundo editorial. Já vendeu mais de 15 milhões de cópias em diferentes línguas e relata a bizarra história de um homem que tem um olfacto extraordinariamente apurado mas que, imaginem, não possui cheiro próprio. Um livro que recomendamos a alunos do terceiro ciclo e do secundário.

Boas festas e … boas leituras.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

UM CONTO DE NATAL

Celeste Correia foi professora na nossa escola até há bem pouco tempo e, como felizmente os seus caminhos ainda se cruzam com os nossos, disponibilizou-se para colaborar com o nosso blog, enviando-nos, entre outras coisas, este invulgar conto de Natal, dedicado aos alunos que a ensinaram a trilhar os mais belos caminhos da vida e aos que lhe transmitiram nobreza de valores que foi assimilando:

Um pesadelo? Um gemido? Um ser humano? Tinha a alma vestida de amargura, o coração cercado de angústia e o desamparo a varrer-lhe corpo e alma! …Quem quer que pudesse parar para o acolher e dar-lhe um pouco de alento era repelido pelo cheiro nauseabundo daquele acanhado espaço tão sombrio como imundo. Trapos velhos, seringas e um sem número de objectos já sem forma, enchiam aquele canto cujo abrigo eram uns muros em ruínas e um tecto, aqui e além descoberto, por onde alguma estrela mais teimosa, ousava espreitar, nas longas noites de Inverno.
Era no centro de uma grande cidade, dessas obras-primas do século XXI onde moram, paredes meias com o Progresso, arranha-céus e miséria. Como pode neste século “Iluminado” conviver a maior riqueza com a mais extrema miséria?... Dão-se bem?!
Era um pobre … (alguém diria: “pobre diabo…”) já sem veias, já quase sem suporte físico, já quase sem alma, já quase sem existência… Um sopro, um vento, uma aragem poderiam, a qualquer instante, apagar aquela vida que ainda ousava gritar no silêncio amargo do abandono: Porque tardas em vir, ó morte, porque tardas em vir, se tens de chegar?! Não sabes, ó morte, que a vida é mesmo assim… mar de ilusões, mar de vaidades, mar de hipocrisia que naufraga dia a dia? Quem aguenta a dor que joga ao desafio entre o limite do sofrer e do viver?
E tudo começou quando aquele, ainda belo menino de treze anos, se lembrou de jogar à cabra cega.
Era já tarde; recordou nos minutos que fechavam aquela noite de vinte e quatro de Dezembro. Tudo o que era sublime então, se transformou em amálgama de miséria. Houve um tempo em que a amizade, a alegria, a felicidade e o amor foram crescendo com ele à medida que o tempo decorria, rápido demais. Neste jogo de liberdade e cabra cega consigo próprio, se foi perdendo e confundindo. Sua Mãe morreria dali a quatro anos. Houve um tempo, recordou no ecrã da sua memória, despedindo-se: convivi, diariamente, enquanto ia decorrendo a história da minha vida, com uma sucessão intensa de acontecimentos, com opiniões fortes, com indignação, com solidariedade e compromisso, construindo ideais embalados em sonhos, aprendendo na alegria a felicidade e o amor que transpirava das coisas pequenas… jogos de bola, de escaladas de montanha, de sorrisos da madrugada, dos barcos à vela, do brilho das estrelas, das noites sem luar e da linguagem do Pôr do Sol. Agora, farrapo de gente, mal distinguia o rosto dos amigos que cresceram com ele e queria agradecer-lhes… despedir-se... convidá-los a ser livres. Agora vence a cabra cega. Confundido não sabendo se já para além da vida… Também se morre no Natal? Tem o direito de renunciar à vida?
Um manto invade o sub-mundo que o rodeia. Um vulto o envolve. Sua Mãe virá aconchegá-lo? Aquela Mãe que foi morrendo nesse jogo de cabra cega…cuja vida o desalento foi ceifando debatida pela angústia que destrói o direito de morrer descansada e que ele não soube escutar.
Eram já decorridos alguns anos e o seu pequeno Ernesto pedia-lhe, agora com dezanove anos, com a energia a escoar-se-lhe que, neste Natal, junto de Jesus Menino, lhe colocasse, de novo, no sapatinho de quando ainda era menino, de presente, um milagre. Nesta agonia só sua Mãe lhe poderia valer. Implorou a sua protecção, lá do alto, com toda a sua fé de menino, pedia-lhe conforto para o seu último Natal.
Subitamente, aquele espaço transformou-se.
Eis se não quando, do sapatinho de menino, ali colocado, irrompe um brilhante clarão! Era meia-noite! Tinha chegado o Natal!... Ernesto abre os olhos e bebe uma poção mágica ali colocada. Seria o Milagre pedido?!.
Não se sabe se houve milagre. Sabe-se sim que houve transformação, confirmam os seus escritos, recolhidos por alguém que, mais tarde, acredita tê-lo encontrado.
Abandonou o “cabra cega” passando ao jogo com a “liberdade”, tudo fazendo por ajudar outros meninos que ali vinham refugiar-se e pensava, repetidas vezes: Quando será que o sofrimento se compadece daquele irmão? Porque está ele ali e não eu, habitante anónimo deste Planeta? Quem o arrastou assim, quem está prestes a excluí-lo de viver?
Doravante, tudo farei para que todos vivam com dignidade!
Ainda hoje restam dúvidas sobre “Milagre…”, Poção Mágica…” Não teria sido salvo por uma dessas Missões Humanitárias de que ele passou a fazer parte?
Há quem afirme ter-se cruzado com ele engrossando o volume da juventude anónima que: “… Por obras valerosas se vai da morte libertando”(a)

(a)referência a Luís de Camões


Mª. Celeste Correia

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

Já não é a primeira vez que um professor da nossa escola faz o favor de nos deixar algumas palavras sobre um livro marcante. Desta vez, Helena Lima, professora de Língua Portuguesa aqui na EB 2,3/S Dr. Daniel de Matos, enviou-nos as suas impressões sobre uma obra central da nossa literatura, Os Maias de Eça de Queiroz:

"É um livro que leio e releio e me parece sempre actual. Modificando apenas os nomes de algumas das personagens, poderíamos dizer que, afinal, é mesmo verdade que a História se repete."

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

IMAGINAÇÃO (NATALÍCIA) À SOLTA

Numa altura em que o espírito natalício (com tudo o que ele representa) anda um pouco por todo o lado, assumindo mil e umas formas, eis que nos chega este relato de um Natal vivido por um dos nossos alunos. Uma história simples mas franca. É o Natal visto por uma criança de 10 anos:

No Natal passado, eu estava ansioso para que esta festa chegasse, para poder ter as minhas prendas. Mas não sabia o que devia pedir aos meus Pais, para eles me comprarem. Então lembrei-me de perguntar a todos os meus colegas o que é que eles gostariam de receber, mas nada do que eles disseram me interessou.
No dia seguinte, os meus Pais perguntaram-me o que é que eu queria, mas como eu não tinha ainda decidido, disse-lhes para comprarem o que conseguissem e eles concordaram. Como eu continuava sem saber o que queria, pensei, em vez de receber, dar eu aos meus Pais uma prenda: um desenho feito por mim!
Na véspera de Natal, eu, a minha Mãe, o meu Pai e a minha irmã fomos à procura de uma árvore e, mais tarde, depois de já a ter em casa, fomos enfeitá-la e colocar os presentes junto dela.
No Dia de Natal, fomos abrir esses presentes e eu tinha, para mim, uma mota telecomandada, roupa, um boneco e dinheiro. Depois de todos os presentes abertos, eu fui ter com os meus Pais e dei-lhes o desenho que eu tinha feito e expliquei-lhes que não tinha comprado nada de especial para eles, porque não tinha dinheiro e eles disseram que não era preciso nada porque, só com um beijo meu, eles ficavam felizes!
(David Silva – Nº 9 – 5º C)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O MAIS PROCURADO

No início do mês de Outubro, demos aqui conta dos livros mais procurados na nossa biblioteca. Apresentámos, então, a colecção Uma Aventura, por ser a mais requisitada até à altura.

Mas houve mudanças, entretanto. A escritora portuguesa Maria Alberta Meneres, é autora de um conjunto de livros que têm sido muito procurados, destacando-se a colectânea de contos Histórias de tempo vai tempo vem, um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.

Mas, como diz a D. Maria José (funcionária da biblioteca escolar), assim que chegarem novidades, as coisas tenderão a mudar e os que hoje são mais queridos, amanhã estarão esquecidos.

Aguardemos por mudanças, portanto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

Agora que acabou de sair em Portugal "Harry Potter e os Talismãs da Morte", o Cata Letras recebeu uma apreciação muito peculiar sobre um outro popular livro da série da autora JK Rowling: Harry Potter e o Príncipe Misterioso. O Gonçalo Gonçalves do 5º D leu-o avidamente e foi genuíno na hora de descrever o enredo:

"Acabei de ler o livro há pouco tempo e já não me lembro muito bem da história, que é muito comprida. Só sei que o Harry Potter resolve um mistério. Ele faz uma poção mágica que enfeitiça os membros da escola de feitiçaria para onde ele quer entrar. Eu acho que ele, mais uma vez, é corajoso e luta contra o malvado Voldemort."

terça-feira, 20 de novembro de 2007

IMAGINAÇÃO À SOLTA

Dois alunos, duas turmas diferentes, um único desafio: escrever uma história sobre uma sereia raptada por humanos. Os alunos David Neves (5ºC) e Inês Santos (5ºD) são os autores das duas histórias que aqui apresentamos e que foram trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa da professora Helena Lima.

História de uma Sereia “raptada” por um Humano

Pobre sereia, saco na cabeça, presa com o cinto de segurança do carro e cheia de lágrimas nos seus olhos verdes! Nem imaginava o que lhe poderia acontecer, pois não sabia para onde estava a ir.
Mal chegou a casa, o homem que a raptara pô-la no celeiro, entrou na cozinha e disse à sua mulher:
- Ó mulher, mas que bela pescaria! Enche a panela com água a ferver e toca a cozer uma sereia que apanhei no mar!
Mas a mulher, depois de entrar no celeiro e de ver a sereia, disse:
- Mas, ó homem, eu não vou cozer uma sereia e ainda por cima grávida! Pega no carro e leva-a para o mar! Lá é que ela está bem!
O homem assim que ouviu a mulher dizer isto, foi pôr a sereia no seu habitat natural.
A sereia, agradecida, saltou logo para o mar e atirou ao homem várias pérolas.
Assim, ele e a sua mulher viveram felizes e ricos para sempre.
Mas também a sereia, a partir daí, viveu sempre feliz, com a sua flor família.

(Inês Santos – Nº 11 – 5º D)


Sereia “raptada” por Humano

Era uma vez uma sereia que foi raptada. Quando chegaram a casa do rapaz que a raptou, a sereia, com medo e raiva, começou a chorar.
Passada uma semana de lágrimas e de tristeza, com saudades do mar e dos oceanos, ela parou de chorar e pediu desculpa ao raptor que afinal, a tratou sempre muito bem. E, a partir daí, passaram sempre a almoçar e a jantar juntos.
Mas um dia, ao jantar, a sereia e o rapaz estavam para começar a comer e o comer era peixe! A sereia ficou muito assustada ao ver um elemento da sua própria raça, no seu prato e exclamou:
- Eu não toco nisto! Nunca me atreveria a comer um peixe dos meus oceanos – um irmão!
Mas, convencida pelo rapaz, e depois daquela “birra” provou e gostou e, no fim do jantar, foi ao jardim com ele e olharam bem um para o outro e…apaixonaram-se!
À noite, ela dormia numa grande banheira de imersão com água e sal e já comia tudo o que os humanos comiam.
Um dia, resolveram ambos fazer uma viagem, nadando até ao Canadá. Quando chegaram a uma praia, deram um beijo um ao outro, sob o calor radioso do sol daquele dia e deu-se, então, uma incrível magia: a sereia transformou-se numa bela humana, sem escamas, mas com uma lindíssima pele.
Aí se casaram, tiveram filhos e foram felizes para sempre.


(David Neves – Nº 8 – 5º C)


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

“Magnífico!”. Foi desta forma que a Diana Santos do 9ºB começou por descrever O Cronista de Hugo N. Gerstl. O Cata Letras, inebriado pelo entusiasmo da nossa leitora enquanto falava do livro, foi investigar e descobriu um retrato muito especial da Idade Média. Mas nada melhor que lermos as palavras da Diana, para percebermos que a história d’O Cronista é bem capaz de representar alguns momentos de prazer:

“O que me impressionou mais foi a vontade enorme de uma rapariga em querer ser famosa na época medieval. Para isso, e como era mesmo muito determinada, ela decide tornar-se…num monge. Graças a essa condição, ela consegue viajar durante algum tempo por toda a Europa e, imaginem, acaba por chegar a Papa!”

terça-feira, 13 de novembro de 2007

IMAGINAÇÃO À SOLTA



Tal como tinha feito a turma do 5ºD, também os alunos do 5º C quiseram provar que sabem soltar a imaginação e, desassombradamente, tomaram a responsabilidade de dar continuidade ao belo poema de Eugénio de Andrade, Faz de Conta:

Faz de conta que sou flor.
Eu serei um regador.

Faz de conta que sou abelha.
Eu serei mel doce, na telha.

Faz de conta que sou prata.
Eu serei a tua ágata.

Faz de conta que sou rainha.
Eu serei tua princesinha.

Faz de conta que sou cão.
Eu serei a tua mansão.

Faz de conta que sou girafinha.
Eu serei a tua arvorezinha.

Faz de conta que sou cadeira.
Eu serei a tua madeira.

Faz de conta que sou vento.
Eu serei o teu pensamento.

Faz de conta que sou golfinho.
Eu serei o teu carinho.

Faz de conta que sou água.
Eu serei tua mágoa.

Faz de conta que sou jardim.
Eu serei um alecrim.

Faz de conta que sou flor.
Eu serei um sonhador.

Faz de conta que sol radiante.
Eu serei um sonhador andante.

Faz de conta que sou cravo.
Eu serei um belo prado.

Faz de conta que sou nascente.
Eu serei mais transparente.

Faz de conta que sou ouro.
Eu serei o teu tesouro.

Faz de conta que sou poema.
Eu serei o teu tema.

Faz de conta que sou brilhante.
Eu serei um diamante.

Faz de conta que sou pedra.
Eu serei uma rica terra.

Faz de conta que sou prata.
Eu serei a tua gravata.

Faz de conta que sou bolinha.
Eu serei tua balizinha.

Faz de conta que sou libelinha.
Eu serei tua ribeirinha.

Faz de conta que sou jogador.
Eu serei teu predador.

Faz de conta que sou Andrade.
Eu serei uma bela tarde.

Faz de conta que sou corajoso.
Eu serei mais poderoso.

Faz de conta que sou pão.
Eu serei o teu chão.

Faz de conta que sou caramelo.
Eu serei o doce mais belo.

Faz de conta que sou dália.
Eu serei a bela Itália.

Faz de conta que sou uma castanha.
Eu serei panela estranha.

Faz de conta que sou mocho.
Eu serei o teu corvo coxo.

Faz de conta que sou fogueira.
Eu serei a tua lareira.

Faz de conta que sou uma borboleta.
Eu serei a tua gaveta.

Faz de conta que sou planeta.
Eu serei um belo cometa.

Faz de conta que sou o Ruca.
Eu serei o teu amigo Juca.

Faz de conta que sou uma ratinha.
Eu serei uma gatinha.

Faz de conta que sou cordel.
Eu serei um belo anel.

Faz de conta que sou flor.
Eu serei borboleta de cor.

Faz de conta que sou menina.
Eu serei bem pequenina.

Faz de conta que sou louco.
Eu serei quem ri um pouco.

Faz de conta que sou macaco da savana.
Eu serei uma banana.

Faz de conta que sou abelhão.
Eu serei o teu zangão.

Faz de conta que sou um cão.
Eu serei o teu casotão.

Faz de conta que sou mar.
Eu serei onda a quebrar.

(Poema colectivo do 5º C)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

NAVEGANDO NAS PALAVRAS


deixem navegar as palavras
deixem navegar as palavras
andam tristes magoadas
pelas bocas na maledicência dos arautos
punhos crispados
vergam as penas pela violência
a aridez maldita
seca os tinteiros dos poetas
deixem navegar as palavras
não as remetam ao silêncio por vergonha


António Paiva, natural de Vila Nova de Poiares, estará na nossa biblioteca no próximo dia 12 de Novembro (segunda-feira) para nos falar sobre este e outros poemas, que constituem o seu mais recente Navegando nas Palavras.

Apareçam por cá!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

SUGESTÃO DO CATA LETRAS

A nossa sugestão de leitura para este mês resulta de mais um contributo do professor António Ferreira para o Cata Letras, que recomenda vivamente Constantino, guardador de vacas e de sonhos de Alves Redol:

“Um pequeno livro para uma grande história. Sonho ou realidade? Passado ou presente?Um desafio, uma descoberta à tua espera...”

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

Até ao momento, é a mais jovem leitora a participar no nosso blog. A Mariana Carvalho tem apenas 10 anos, pertence ao 6º A e fez questão de nos falar sobre O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry, um livro que a deliciou:

É engraçado. Apreendi muitas coisas, como o facto de os adultos verem as coisas de forma diferente. A história fala de um rapaz que desenhou uma cobra com um elefante, mas os adultos diziam que era um chapéu. Desiludido, deixou a carreira de pintor, foi para aviador e … mais não digo. Leiam o livro.”

terça-feira, 30 de outubro de 2007

IMAGINAÇÃO À SOLTA










Aquando da inauguração da nossa nova Biblioteca, a turma D do 5º ano teve a feliz ideia de homenagear o poeta Eugénio de Andrade. Vai daí, decidiram fazer a continuação do seu conhecido poema Faz de Conta.

Eis o resultado:

Faz de conta que sou lua.
Eu serei só tua, tua.

Faz de conta que sou uma gatinha.
Eu serei a tua alcofinha.

Faz de conta que sou um computador.
Eu serei o teu leitor.

Faz de conta que sou comilão.
Eu serei o teu pão.

Faz de conta que sou uma borboleta.
Eu serei a tua cor preta.

Faz de conta que sou uma beleza.
Eu serei a tua grandeza.

Faz de conta que sou uma bruxa de olhão.
Eu serei o teu caldeirão.

Faz de conta que sou um ratinho.
Eu serei o teu buraquinho.

Faz de conta que sou leão.
Eu serei o teu papão.

Faz de conta que sou dragão.
Eu serei o teu fogão.

Faz de conta que sou um cão.
Eu serei o teu “ão”, “ão”.

Faz de conta que sou caderno.
Eu serei o teu inferno.

Faz de conta que sou estrelinha.
Eu serei a tua luzinha.

Faz de conta que sou um falcão.
Eu serei a tua visão.

Faz de conta que sou formiga.
Eu serei a tua abelha amiga.

Faz de conta que sou uma folha errada.
Eu serei uma borracha apressada.

Faz de conta que sou jardineiro.
Eu serei o teu canteiro.

Faz de conta que sou atalho.
Eu serei o teu trabalho.

Faz de conta que sou tinta.
Eu serei a tua pinta.

Faz de conta que sou uma folha de papel.
Eu serei o teu escritor fiel.

Faz de conta que sou dia.
E eu serei a tua alegria.

Faz de conta que sou igreja.
Eu serei o Senhor que te beija.

Faz de conta que sou cão.
Eu serei o teu dono de estimação.

Faz de conta que sou pão.
Eu serei o teu comilão.

Faz de conta que sou raiz.
Eu serei terra feliz.

Faz de conta que sou um jornal.
Eu serei a notícia principal.

Faz de conta que sou uma mochila.
Eu serei uma turma em fila.

Faz de conta que sou um gatinho.
Eu serei o teu leitinho.

Faz de conta que sou passarinho.
Eu serei o teu melhor ninho.

Faz de conta que sou “carrão”.
Eu serei o teu travão.
Faz de conta que sou caroço.
Eu serei o teu almoço

Poema colectivo do 5º D

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

O professor António Ferreira, que lecciona Inglês na nossa escola, enviou-nos a sua opinião acerca de um livro que muito o divertiu. Aqui ficam as suas palavras sobre o hilariante Três homens num bote :

O autor desta obra, Jerome Klapka Jerome, nasceu em 1859 e foi educado em Londres. Começou a trabalhar como funcionário dos caminhos-de-ferro aos 14 e, posteriormente, foi professor, actor e jornalista. Esta obra, publicada em 1889, teve um sucesso imediato tanto na Europa como na América. Trata-se dos relatos de uma viagem turística de 3 amigos e 1 cão (personagem bastante activa) num barco, e de todas as peripécias intervaladas com outras histórias e referências culturais impregnadas de humor. Recomendo este livro aos apreciadores do puro humor britânico. É de fácil leitura e proporcionará aos que "imaginarem o filme" à medida que vão lendo, umas horas de prazer e boa disposição. "Um livro é um bom e fiel amigo".

terça-feira, 23 de outubro de 2007

SUGESTÃO DO CATA LETRAS

Uma vez por outra, o Cata Letras assumirá a ousadia de fazer aos seus leitores algumas propostas de leitura. Por outras palavras, apresentaremos alguns livros que andam por aqui na biblioteca e que merecem a vossa atenção.

O primeiro destaque vai para Noites no Sótão de Maria Teresa Maia Gonzalez, um livro recomendado no Plano Nacional de Leitura para alunos do 2º ciclo. Trata-se da história de Dinis, um jovem atormentado por uma família com problemas, mas que acaba por encontrar conforto, primeiro na própria solidão e, mais tarde, no amor de Maria, sua colega de escola.

O problema é que a nossa biblioteca só tem um exemplar. Despacha-te se queres apanhá-lo!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

A Sónia Pereira tem 19 anos e estuda à noite na nossa escola, onde frequenta o Curso Técnico de Acção Social. Simpaticamente, acedeu a dar-nos a sua opinião sobre um livro que muito a impressionou, o Diário de Anne Frank:

Foi um livro que me marcou muito. Toda aquela história triste de fome, fugas e exílio é muito forte. Recomendo vivamente o livro, ainda que o desaconselhe a pessoas/leitores mais sensíveis.”

terça-feira, 16 de outubro de 2007

NINGUÉM ME PEGA!?

Há livros que, por razões mais ou menos misteriosas, são votados ao ostracismo. Livros que passam anos a fio numa biblioteca, sem nunca sentirem uma mão a aproximar-se ou um olhar a fixar-se. Eternos esquecidos, dir-se-á.

Na nossa biblioteca, infelizmente, muitos livros se encontram nessa condição. É o caso da colecção Viagens no Tempo de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, um conjunto de narrativas que revisita, de forma divertida, os principais acontecimentos da História de Portugal.

Acreditamos que, perante a qualidade dos livros em causa, será uma questão de tempo até que os ventos mudem ou que a moda pegue.

Passem pela biblioteca e procurem-nos. Eles estão à vossa espera!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

LIVROS QUE MARCAM

Está inaugurada a rubrica que dará conta da opinião dos nossos leitores sobre os livros que vão lendo. O primeiro a chegar-se à frente foi o Ruben Ferreira do 8ºB. Aqui fica o seu juízo sobre o livro Eldest de Cristopher Paolini:

” Gostei muito deste livro, porque tinha lutas entre dragões e cavaleiros. É um livro sobre magia, onde aparecem também delfos e outras criaturas fantásticas.”

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O MAIS PROCURADO

Todas as bibliotecas têm um campeão. Um livro que, pelo número elevado de leitores que atrai, acaba por ganhar um estatuto diferente de todos os restantes. E a nossa biblioteca não escapa à regra. Aliás, mais do que um livro a brilhar vaidosamente por ser o número um, a biblioteca escolar pode orgulhar-se de ter vários campeões. Por outras palavras, há uma colecção de ficção juvenil que, sem qualquer dúvida, conquistou os nossos leitores. Falamos da série “Uma Aventura” de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, cujos títulos são requisitados até à exaustão.

Mas, sabemos que durante um ano lectivo muita coisa muda e, se suspeitarmos que os “reis” da procura têm o seu lugar ameaçado, cá estaremos para prestar contas.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

VAMOS PÔR ISTO A MEXER!

O Cata Letras só fará sentido se for o resultado de uma ampla participação. Este é um espaço aberto à tua opinião. Para além dos comentários que poderás fazer a cada texto aqui publicado, podes ainda enviar as tuas opiniões (sobre um livro que tenhas gostado ou detestado, por exemplo) para o endereço electrónico blogbiblioteca@hotmail.com. Se, para além disso, quiseres publicar aqui os teus textos criativos ou alguma imagem que te impressionou particularmente, podes fazê-lo igualmente, enviando o teu material para o mesmo endereço.

Vá lá! Vamos pôr isto a mexer!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

EDITORIAL

Um blog é um espaço de criação. Um lugar onde, cada vez mais, as pessoas procuram os prazeres da escrita e da leitura. Feita de miúdos e de graúdos, de pobres e de ricos…a tribo dos bloggers é cada vez maior. Uma tribo que gosta de escrever o que sente, de comentar o que lê e de publicar o que vê.

E se existem já milhares de blogues por esse mundo fora, não queremos, obviamente, que o Cata Letras seja apenas mais um. Ele procurará ser o espelho, ainda que virtual, do dia a dia da nossa biblioteca. Opiniões sobre livros, conversas com professores e alunos (sempre em torno de um livro), apresentação de novidades editoriais, divulgação de textos criativos…tudo isto fará parte da vocação do Cata Letras.

Uma missão grandiosa, só possível com a colaboração/participação de todos.