A Biblioteca Escolar tem estado a desenvolver a atividade “Estafeta de Narrativas” que se destina a fomentar e incrementar o gosto pela leitura. Tal atividade resume-se ao seguinte: em cada turma é selecionado/a o/a aluno/a que tiver feito o melhor trabalho sobre um livro que tenha lido e sobre o qual irá falar, aos alunos de outra turma.
Começamos hoje a publicar alguns dos textos selecionados.
Beatriz e o Plátano
A minha história fala de uma menina chamada Beatriz que vivia numa rua chamada “Rua do Plátano” onde, mesmo ao lado da sua casa, havia um serviço de correios que ia ser remodelado e, por isso, as autoridades locais queriam cortar um belo plátano que aí havia.
Mas a Beatriz como era muito amiga do ambiente não queria por nada que aquela velha árvore fosse derrubada e fez tudo o que era possível para o evitar... Será que conseguiu?
De seguida, vou ler-vos um excerto deste mesmo livro (página 15 a 19) para vos despertar a curiosidade para o lerem e, assim, ficarem a saber como acaba esta história de que apenas se conta aqui uma parte.
(...) Beatriz, quando soube da notícia ficou alarmada. Como era possível que alguém se atrevesse a deitar abaixo o plátano, o seu velho amigo, o mais lindo plátano em toda a cidade e sempre tão apreciado que até servira para dar nome à rua onde crescera? E não faria tão boa figura em frente do novo edifício como a que tinha feito em frente do desaparecido? Não continuaria também a dar hospedagem aos pássaros e abrigo às pessoas nos dias de chuva ou de muito sol?
Que mais podia um edifício novo desejar do que ter como enfeite uma árvore daquelas, conhecedora de tudo o que, durante vários séculos, acontecera na Rua do Plátano? E talvez até soubesse falar, é bem possível, e então talvez pudesse contar ao edifício novo tudo aquilo a que asistira nos tempos passados.
Foi em tudo isto que Beatriz pensou. Falou aos pais e aos professores, mas ninguém lhe indicava uma solução para o caso. Todos diziam:
- Quem manda na cidade são as autoridades.
Finalmente, Beatriz resolveu escrever uma carta a essas autoridades que, no seu entender, estavam prestes a cometer uma falta irreparável pois, mesmo se um dia se viessem a arrepender de ter feito perder à cidade o plátano mais lindo que lá havia e se resolvessem plantar outro, quantos e quantos anos não levaria ele a fazer-se uma árvore que se visse!
Foi o que explicou na carta e, no fim, rematou:
- “As Senhoras Autoridades decerto vão achar que eu tenho razão e, por isso, desistirão de deitar abaixo o plátano da Rua do Plátano.
Hão de ver que ele vai fazer o mesmo vistão em frente do novo edifício dos correios que fazia em frente do velho.
Muitos cumprimentos da Beatriz
(Trabalho de Inês Rolo – nº 9 – 6º A)
O Barba Azul
É um livro engraçado e muito misterioso. É a história de um homem que se chamava Barba Azul, exatamente por a cor da sua barba ser azul.
Este homem queria casar, mas toda a gente tinha medo dele, porque ele era realmente estranho. Até que um dia, foi visitar uma vizinha e pediu uma das filhas dela em casamento. A rapariga aceitou, porque ele era muito rico e, passado um tempo casaram.
E, um dia, o Barba Azul resolveu partir para uma das suas viagens misteriosas e entregou à esposa as chaves da sua misteriosa casa. Mas fez-lhe um aviso: ela não podia usar a chave que abria a porta ao fundo do corredor, a chave dourada!
A rapariga convidou, então, lá para casa, a sua irmã e algumas amigas e, quando as amigas se foram embora, ao anoitecer, ela ficou lá sozinha com a sua irmã. Mas só pensava naquela chave e, desobedecendo às ordens do marido, abriu a tal porta, pois a sua curiosidade foi mais forte do que a sua prudência…
De seguida vou ler-vos um excerto desta obra…
(…) ”Ficou horrorizada ao ver que, naquele quarto, pequeno e escuro, havia várias mulheres mortas!
Com o susto, a jovem deixou cair a chave de ouro, que se sujou de sangue. As mulheres que estavam naquele quarto eram as anteriores esposas do Barba Azul, e como tinham sido apunhaladas, o chão estava cheio de sangue. A jovem tentou limpar a mancha vermelha da chave de todas as maneiras possíveis, mas foi inútil. Por mais que a esfregasse e voltasse a esfregar, o sangue não desaparecia. E pensou que se o Barba Azul percebesse o que tinha acontecido, ela teria a mesma sorte das outras mulheres.
No dia seguinte, o Barba Azul regressou e a primeira coisa que fez foi pedir as chaves à sua esposa, que não se atreveu a dar-lhe a chave de ouro. Mas o Barba Azul percebeu que faltava ali a chave proibida…”
O que acham que se terá, então, passado?
Nada melhor do que lerem este misterioso livro para satisfazerem a vossa curiosidade.
(Trabalho de: Pedro Henriques – nº 16 – 6º D)
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