Publicamos, hoje, os textos referentes aos prémios da atividade “Jogos Florais”, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa (2º Ciclo, ano letivo 2012/2013).
5º Ano – 1º Prémio
O Vestido
Eu vou contar uma história onde existem apenas quatro personagens: a Margarida, a sua mãe, a sua irmã, Rita, e uma princesa.Um dia, Margarida chegou da escola toda contente e disse:
- Mamã, mamã! Depois de amanhã, é o grande baile, no palácio real do príncipe João Pedro e da princesa Maria.
- Ó Margarida, o que é que nós temos a ver com isso? – perguntou a Rita.
- É que nós fomos convidadas e eu quero ir. – Mãe, podemos?
- Não sei, meninas... O que vão levar vestido e qual vai ser o vosso presente para a princesa Maria?
Aí elas ficaram tristes ao ouvir aquilo, pois sabiam que a mãe não tinha possibilidades económicas, porque vivia sozinha com as suas filhas.
- Mãe, - disse a Rita - nós, com as nossas poupanças, podemos oferecer o presente à princesa e vamos com a roupa do dia a dia.
- Isso está fora de questão! Podem investir o vosso dinheiro, mas em algo importante. Se querem ir conhecer o vosso ídolo...
Elas pensaram, pensaram, até que chegaram a uma conclusão:
- Mãe, nós pensámos que tu gostavas tanto de ser costureira que podias fazer um curso.
- E quem é que ia pagar isso?
- Nós, claro, com as nossas poupanças. - declarou Rita.
- Eu gostava mas, vocês, depois, ficam sem poupanças e...
- Não tem mal! Amanhã já começas e, depois, na sexta-feira, já sabes coser melhor. É só para saberes fazer as baínhas e essas coisas...
E mãe lá foi.
No dia seguinte, aprendeu logo a fazer um vestido em condições e ensinou as suas filhas, também, a coser, e cada uma fez o seu próprio vestido. E até um vestido para a princesa foi feito em conjunto.
Na sexta-feira à noite, lá foram à festa e eram as que iam mais bonitas e até foram eleitas as “princesas da noite”.
Quando estavam no palco, Margarida disse:
- Menina Princesa, eu ofereço-lhe este vestido que eu, a minha mãe e a minha mana, Rita, fizemos.
- Eu adoro! É o vestido mais bonito que eu já recebi. A senhora vai ser a minha costureira e vai fazer todos os meus vestidos!
- Claro! Com muito gosto!
E todas se abraçaram. E viveram felizes para sempre.
(Autora: Maria Inês Gomes – Nº 15 – 5º A)
5º Ano – 2º Prémio
Um grande agradecimento
Era uma vez, no ano de 1989, em Inglaterra, uma menina de cinco anos, chamada Mary.
Mary vivia no campo, numa casa muito grande, com os pais, os avós, os tios e os primos. O campo onde vivia a família era muito calmo e confortável, apenas se ouvindo o som do vento nas árvores e os animais. Este campo não ficava muito longe da aldeia, aí uns cinco quilómetros, no máximo.
Um dia, Mary foi com a prima e os dois primos brincar para o campo e a avó foi com o avô à missa, na aldeia. Os tios foram também dar uma volta pelo campo e pela aldeia e o pai foi passear com o cão. Por isso, a mãe de Mary ficou em casa.
Naquela altura, já havia televisão, mas a família ainda andava a juntar dinheiro para comprar uma. A mãe pôs-se, então, a costurar uma blusa e uma saia para a Mary, porque a menina só usava vestidos.
Isto passou-se um pouco antes do Natal e, entretanto, a televisão chegou e a mãe não descansava a ver programas, mas continuou a sua obra com a máxima dedicação.
Na noite de Natal, a avó e a tia estavam a preparar a Ceia e a Mary, como não tinha nada para fazer, decidiu ir para ao pé da mãe.
Mas ela já estranhava a mãe estar sempre a fazer a mesma coisa e resolveu perguntar-lhe:
- Mamã, para quem é essa roupa?
Mesmo nesse instante, a mãe estava a dar o último ponto na sua obra e exclamou, entusismada:
- É para ti, filhinha e Feliz Natal!
- Ah! – obrigada mãe!
A menina tinha ficado radiante.
Mary foi a correr para o quarto vestir-se e, durante a Ceia, esteve sempre com cuidado para não se sujar.
E, no fim de abrir os presentes, à meia noite, já estava na hora de Mary ir dormir e ela também já bocejava e esfregava os olhos com tanto sono, mas até dizia que queria dormir com aquela roupa.
Mas, por fim, lá vestiu o pijama e adormeceu...
(Autora: Margarida Matos – Nº 14 – 5º A)
5º Ano – 3º Prémio
A Costureira
- Mamã, isso é uma toalha renda?
- Sim, é! Vou oferecê-la à tua avó, quando ela fizer anos. – respondeu a sua mãe.
- Tenho a certeza de que ela vai adorar! Entretanto, eu vou brincar um bocadinho para a floresta. Posso ir? – pediu a menina.
- Sim, claro, mas tem cuidado. Depois, a mãe vai chamar-te para vires lanchar.
E lá foi a menina brincar para a floresta.
A mãe, entretanto, ainda foi fazer mais um bocado de renda mas, depois, foi preparar o lanche e foi chamá-la. O lanche era delicioso: leite com chocolate e dois crepes bem docinhos.
De seguida, a mãe foi, de novo, fazer a toalha até ao escurecer e, então, a menina ficou a observá-la.
Caiu a noite e a mãe foi fazer o jantar que era peixe. Jantaram e a menina foi para o seu quarto e a mãe acabou a toalha. Passou-a a ferro e guardou-a no armário, com muito carinho.
No dia do aniversário da avó, a mãe entregou-lhe a toalha. Ela gostou muito dela e, no dia seguinte, logo a pôs sobre a mesa. E que bonita ficou!
(Autora: Cristiana Silva – Nº 3 – 5º D)
(6º Ano – 1º Prémio)
Destinos Cruzados
Era uma vez uma família de papagaios que, numa tarde muito solarenga, decidiu revelar de onde vinham e por que razão é que, agora, estavam ali todos reunidos, de novo.- Começo eu – disse o pai Manuel. – Eu era do Brasil, terra de muita alegria. Eu trabalhava como vendedor numa praia, vendia gelados e bolas de Berlim, mas estou aqui porque o meu dono, um dia, enquanto vendia junto ao mar, foi engolido por uma maré negra, cheia de petróleo, sem escapatória possível. – E, dizendo isto, ele não conteve uma lágrima.
A mãe Margarida tomou posse da palavra:
- Eu vim da Antártida, uma terra gelada. Vivia lá com um investigador e com um urso polar mas, por causa do degelo, o meu dono teve de se vir embora.
- Eu, por minha vez, era papagaio do capitão do Titanic – disse logo o filho John mas,como sabem, o Titanic afundou-se por causa de um iceberg perdido, mas o iceberg tinha qualquer coisa de estranho...
– Só faltas tu, Inês. – disse o pai
- Eu vivia no Japão e, para ser mais precisa, vivia em Hiroshima com uma amiga minha chamada Ginkgo Biloba. Ela era uma árvore, mas eu e ela fomos os únicos seres vivos que sobreviveram à bomba atómica.
Mas esta família falou alto demais e todo o parque ouviu a conversa e, num instante, toda a gente se emocionou e ficouamiga do ambiente.
E é assim que acaba a história, com uma família que mudou a humanidade, empoleirada num simples ramo de cerejeira.
(Autor: Hugo Coimbra – nº 12 – 6º C)
6º Ano – 2º Prémio (exaequo)
A Família Floreira
Era uma vez uma família de papagaios que vivia no Brasil. Era o pai, o senhor José Floreira, a mãe, a Dona Maria Floreira e os seus dois filhos, a menina Rosa Floreira e o menino Tó Floreira.
Eles adoravam passear, voar e brincar.
Num belo dia, enquanto a mãe preparava o almoço, o pai e os filhos estavam na sala a ver as notícias na televisão. De repente, todos ficaram assustados, pois deu uma notícia dizendo que faltava uma semana para começarem a ser capturados papagaios, no Brasil, mais propriamente na Amazónia que era onde eles viviam. E que iam levá-los para as lojas de animais.
Ficaram todos muito tristes, principalmente os pequeninos e o pai, para os sossegar, disse-lhes:
- Tenham calma que ninguém vos vai levar, se ficarmos bem escondidos. Na televisão disseram que só começavam a capturar daqui a uma semana e, por isso, ainda temos tempo para fazermos tudo o que quisermos.
- Obrigado, Pai! – disseram eles, com uma cara mais alegre.
Ao chegar ao último dia, estavam todos a passear e pararam num tronco de árvore donde se tinha uma vista linda. Eles estavam todos muito tristes:
- E agora o que fazemos? – perguntou a Rosa
- Para onde vamos? – questionou o Tó.
- Como é que vamos viver sem vocês? – perguntaram os irmãos, em coro.
- Tenham calma! Vamos mantermo-nos escondidos e logo se verá. – disse o pai.
Voltaram para casa e, a meio da noite, enquanto dormiam, levaram-nos para uma carrinha e foram todos parar a uma loja, em Portugal. Quando acordaram, ficaram muito felizes mas, quando começaram a pensar e se lembraram de que não iriam ficar assim juntos para sempre...
- Tivemos sorte até agora. – segredou o pai.
De repente, calaram-se. Entrou um homem interessado em papagaios e não é que os levou todos para casa?
A família Floreira nem cabia em si de contente, mas achou estranho, porque quatro papagaios todos de uma vez...
Eles ouviram o seu novo dono a falar com a mulher e a dizer que tinha sabido da notícia de que iam capturar papagaios na Amazónia e o dono da loja tinha-lhe dito que estes estavam acabadinhos de chegar.
Então, ele decidiu que iria fazer uma viagem ao Brasil e que iria devolvê-los à sua terra natal, a Amazónia.
Eles ficaram bastante alegres e, quando chegaram à Amazónia, agradeceram muito a este senhor e convidaram-no para os ir visitar sempre que quisesse.
Dias depois, já na Amazónia, foram passear e pararam no mesmo ramo onde tinham parado da outra vez e disseram em coro:
- Agora sim! Vamos viver felizes para sempre. E assim foi. Viveram bem e muitas vezes tiveram a visita do seu amigo que os tinha devolvido à natureza.
(Autora: Inês Rolo – nº 9 – 6º A)
6º Ano – 2º Prémio ( exaequo)
Um final feliz
O mais velho chamava-se Ruca e era muito bonito e encantador; a segunda mais velha chamava-se Kika e era muito bonita, mas um pouco teimosa e tinha uma irmã gémea que era a Lili que era muito parecida com a ela, sendo as duas parecidas no aspeto psicológico e no aspeto físico. O mais novo de todos era o Rony e era muito meigo e simpático.
Todos viviam no mesmo ramo de árvore que estava cheio de flores brancas e muito bonitas.
Eles tinham os seus feitios diferentes, mas gostavam muito uns dos outros.
Mas um dia... foram apanhados por uma uma teia de aranha gigante. Bem, não era exatamente uma teia, mas era uma rede com que os apanharam e meteram dentro de uma gaiola.
As gémeas estavam com muito medo e gritavam as duas ao mesmo tempo:
- Por favor, tirem-nos daqui! – Não fizemos mal a ninguém. Ajudem-nos!
O Rony tentava alcalmá-las:
- Atenção, Kika e Lili. Vão ver que isto vai passar e, quando acontecer, nós já vamos estar no nosso ramo de novo, pousados.
Entretanto...quando chegaram ao seu destino, os caçadores que os tinham capturado tiraram-nos do carro onde os levavam, e transportaram-nos para um sítio cheio de luzes e muito colorido por onde passavam muitas pessoas e onde estavam vários tipos de animais, em caixas de vidro.
Os caçadores deram a gaiola a umas raparigas que pareciam ser empregadas daquele sítio tão estranho onde, à entrada, havia uma placa a dizer “Loja de Animais”.
Os papagaios estavamn com tanto medo que davam cabeçadas na gaiola para tentar sair... até que as raparigas pousaram a gaiola num sítio desocupado onde se encontravam mais pássaros.
Os quatro ainda estavam com medo e com um pouco de vergonha de falar com algum outro pássaro. Até que um pássaro cheio de cores perguntou-lhes, com uma voz muito fininha:
- Então, de onde é que vocês vêm?
- Nós viemos da Amazónia, mas podes dizer-nos onde estamos? – perguntou delicadamente a Lili que parecia estar a achar bonito aquele pássaro com quem metera conversa.
-Uau! Da Amazónia! – exclamou ele com uma ar pasmado.
- Nós todos viemos de lugares diferentes e viemos ter aqui à loja de animais onde se nos compram e nos vendem.
- Comprar?! Vender?! – perguntou Kika. Então, nós somos todos livres!
- Diz antes “éramos”. Nós todos fomos livres, mas apanharam-nos e, desde há muito tempo, que estamos nesta loja, à espera que alguém nos leve para casa dos humanos e nos dê comida e carinho.
Os quatro papagaios, ao ouvir aquela lamentação, começaram logo a criar uma estratégia para poderem sair daquele lugar que, para eles, era como uma prisão.
Depois de uns minutos, os papagaios fizeram um plano, reparando que conseguiam abrir a gaiola com o bico, e fugir.
Eles fizeram isso, mas não abriram as outras portas porque não tinham tempo.
Mas fugiram e conseguiram chegar à Amazónia e viveram, aí, felizes para sempre, no seu ramo.
(Autora: Beatriz Silva - Nº 2 - 6º A)
6º Ano – 3º Prémio
Gustavo e o Grupo Musical da Floresta
O Gustavo era um papagaio que gostava muito de música e sempre imaginava como seria a sua vida como cantor. Mas havia um pequeno problema: ele não sabia cantar e, sempre que ia a “castings” de cantoria, nunca passava neles.
A mãe contratava professores de Música para ele melhorar a sua voz, mas era escusado: não havia maneira do pequeno Gustavo cantar bem.
Um dia, ele foi ter com os seus amigos: o André, o Fernando e o Bruno. Eles tiveram uma ideia para que o Gustavo tivesse algo a ver com Música e pensaram em fazer uma banda musical.
Então, o Bruno foi a casa do Gustavo e disse-lhe:
- Ó Gustavo, eu, o Fernando e o André estivemos a pensar em fazer uma banda musical de que tu pudesses fazer parte, também.
O Gustavo ficou contentíssimo com esta bela ideia e perguntou:
- Então e qual era o meu papel dentro dessa banda musical?
- Podias ser o baterista. - sugeriu o amigo.
- Está bem, pode ser. - respondeu o Gustavo, com uma voz muito feliz e contente.
E, passados dois ou três dias, o Gustavao já tinha feito, com os seus amigos, cinco concertos!
O professor de Música da turma dele esteve sempre presente em todos esses concertos e fez-lhes uma proposta: participarem no “Musical da Floresta” que era um concurso com todas as bandas existentes na floresta e onde os prémios eram instrumentos novos.
Gustavo e a sua banda participaram e quase ganharam, ficando em segundo lugar. Mas o Gustavo ficou contente à mesma, porque fazia parte de uma banda onde se sentia importante como músico!
(Autor: Luís Seco - Nº 14 - 6º B)
1 comentários:
hahahahahahahah
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