terça-feira, 29 de abril de 2008

E OS PREMIADOS SÃO...

Abril foi mês de entrega de prémios aqui na Biblioteca. Foram reconhecidos alunos em diferentes categorias/actividades, alguns deles, colaboradores do Cata-Letras.

Assim, na categoria “Os Melhores Leitores” do 5º ano, os prémios do segundo período foram para:

1º- Carla Sofia Santo (5ºA); 2º- Susana Filipa (5ºD); 3º- Helena Marques (5ºD)

Na categoria “Os melhores Leitores” do 6º ano, os prémios do segundo período foram para:

1º- Inês Mosqueira (6ºC); 2º- Ingrid Melo (6ºC); 3º- Mário Carvalho (6ºC)

Quanto à categoria “História do Mês”, o primeiro prémio, no pré-escolar, foi dividido entre o Jardim-de-infância de Vila Nova de Poiares (sala 3) e o Jardim-de-infância de São Miguel. Já no primeiro ciclo, a classificação foi a seguinte:

1º- Célia Subtil, 3º ano (EB1 Arrifana); 2º- Jéssica Gomes, 4º ano (EB1 Arrifana); 3º- Prémio dividido entre a turma D, alunos da professora Paula Reis (São Miguel) e a Sofia Gonçalves do 3º ano da EB1 da Arrifana.

Ainda na categoria “História do Mês”, a vencedora do segundo ciclo foi a Sílvia Carvalho do 5º D, enquanto que a Marina Ferreira (9ºB) e a Joana Matos (9ºA) dividiram o primeiro prémio no terceiro ciclo.

Quanto à iniciativa Jogos Florais (Língua Portuguesa, 2º ciclo), eis os prémios nas diferentes categorias:

Desenho, 5º ano-

1º Maria de Fátima Simões – Nº 18 – 5º C; 2º Sílvia Carvalho – Nº 23-5º D; 3º Susana Ferreira - Nº 25 – 5º D

Desenho, 6º ano-

1ºJoana Eloy – Nº 11 – 6º B; 2º Inês Carvalho – Nº 11 – 6º A; 3º Mário Marques – Nº19 – 6º C

Texto, 5º ano-

1ºDavid Silva - Nº 9 - 5º C; 2ºInês Santos – Nº 11 - 5º D; 3ºSílvia Carvalho - Nº 23 - 5º D

Texto, 6º ano-
1ºJoana Eloy – Nº 11 – 6º B; 2ºLiliana Carvalho – Nº 15 – 6º A;3ºBruno Serafim – Nº 2 - 6º B

Leitura expressiva, 5º ano-

1º Catarina Santo – Nº 7 - 5º C; Helena Marques – Nº 9 – 5º D;Inês Baptista – Nº 10 – 5º D
2º Andreia Carvalho – Nº 3 – 5º C; David Silva – Nº 9 – 5º C; Susana Ferreira – Nº 25 –
5º D
3º Inês Carvalho – Nº 10 – 5º B

Leitura Expressiva, 6º ano-

1ºMário Marques – Nº 19 – 6º C
2ºJorge Santo – Nº 19 –
6º D
3º Inês Henriques – Nº 11 e Mariana Carvalho – Nº 18 – 6º A;Bruno Serafim – Nº 2 - 6º B; Ingrid Melo – Nº 11 – 6º C

Alguns dos trabalhos premiados serão, oportunamente, publicados aqui no nosso blog.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O João e o Luís, personagens de uma história enviada pela Inês Ferreira do 5º C, são dois jovens imprudentes e desatinados. De tal forma, que entraram secretamente na sua escola, à procura de aventura. Será que correu tudo pelo melhor?


Ó Luís, vê lá onde metes o nariz!

Num sábado de manhã, o Luís pensou em ligar ao seu amigo João e assim fez.
Quando lhe ligou, disse-lhe:
- João, vai ter à escola! Vamos fazer uma coisa!
E o João logo respondeu:
- Então, daqui a uma hora, eu estou lá.
E assim fez, também.
Passada uma hora, o Luís já estava na escola, à espera do João. Quando o João chegou, logo, de repente, o Luís sugeriu:
- Vamos entrar na escola, mas ninguém nos pode ver!
Naquela escola dizia-se que havia uma entrada secreta, num alçapão, e que, lá dentro, havia fantasmas e até o espírito de uma antiga professora.
Quando o Luís e o João entraram na escola, tiveram de abrir a porta sem fazer barulho e, antes, o Luís tinha perguntado:
- E agora, como é que vamos abrir essa porta?
E o João disse:
- Eu já pensei em tudo! Trago sempre comigo um gancho da minha mãe. Nunca se sabe quando vamos precisar…
O Luís comentou logo:
- Sabia que tu és genial!
O João conseguiu abrir a porta da escola e ficaram logo contentes.
O Luís entrou, então, na sala e foi imediatamente ao pé do quadro, porque era aí que havia o alçapão.
Quando abriram o alçapão, o Luís ordenou:
- Vai tu em primeiro!
E o João perguntou:
- Porquê? Estás com medo?!
- Vamos, então, entrar os dois ao mesmo tempo. - decidiu o Luís.
E assim foi.
Quando entraram, ficaram logo assustados, porque ouviram um barulho muito esquisito. Até parecia que se ouvia dizer o nome deles e o Luís interrogou-se: «Será que é a professora Augusta?!»
E o João sugeriu irem-se embora, mas o Luís perguntou:
- Achas?! Estou curioso para saber o que é…
E o Luís foi atrás do barulho, até que chegaram a uma antiga sala para onde se mandavam os alunos, de castigo.
O Luís entrou logo e o João também entrou, mas com um pouco de medo. Quando eles entraram, a porta fechou-se de repente.
E, algum tempo depois, sentiram-se os dois assustados.
Passados dez minutos, enquanto eles remexiam coisas antigas, apareceu uma mulher velha e feia que lhes perguntou, com uma voz autoritária:
- O que fazem aqui, seus miúdos horríveis?
E o Luís, assustado, respondeu:
- Peço desculpa, não a queria incomodar.
E, então, ela respondeu:
- Se querem sair daqui, pelo menos vivos, saiam rapidamente!
E o João e o Luís fugiram muito depressa para casa deste e, quando o Luís viu o pai desabafou:
- Pai, tens toda a razão! Nunca mais meto o nariz onde não sou chamado e prometo fazer tudo o que queiras!
E assim foi: o Luís e o João começaram a portar-se bem e continuaram amigos para sempre.

Inês Ferreira – Nº 13 – 5º C

quarta-feira, 16 de abril de 2008

MONSTRUOSIDADES

Um chama-se Casies, o outro Jopesimi. Têm em comum o nome bizarro e a sua…monstruosidade. São ambos criações de alunos da nossa escola, que continuam a revelar uma infinita imaginação:

O Monstro Casies, numa das suas aventuras

Era uma vez um monstro chamado Casies. Vivia no País dos Monstros. Era um monstro muito traquina! Pregava partidas a todos os outros monstros e, depois, punha-se a rir e a dizer que tinha de fazer, outra vez, igual.
Um dia, como já ninguém caía nas suas partidas, decidiu, então, abandonar o mar e ir pregar partidas, em terra.
Como era roxo, azul e rosa, não pôde ir de autocarro e teve de ir a pé. Estava a ficar cansado até que começou a avistar uns prédios altos, ao longe.
Quando lá chegou, pensou: «É agora! Vou recomeçar a fazer partidas!» Mas não via quase ninguém e as poucas pessoas que via não se aproximavam dele.
Até que olhou para trás e viu uma senhora de idade a aproximar-se. Esta senhora usava bengala, tinha óculos escuros e trazia um cão-guia, preso por uma coleira.
Antes que pudesse pensar por que andaria a senhora assim, e numa partida para lhe pregar, o cão começou a ladrar e ela sentiu que estava lá alguém e, então, começou a aproximar-se mais. Casies pensou: «Está com ar aflito e apressado!»
Quando acabou esta sua suposição, sentiu que alguém tinha tocado nos seus tentáculos.
- O senhor tem ar de ser muito forte! É mesmo de uma pessoa assim que eu preciso! – disse a velha.
- Será que é cega? Isso explica os óculos, a bengala e o cão. – disse Casies.
- Venha por aqui! – disse outra vez a velha.
Apoiando-se na bengala, ela levou-o a um quarto dum dos prédios altos. Um pouco longe da porta, já se ouviam gritos e guinchos irritantes. Quando entrou, olhou em frente e viu quatro caminhas muito juntas e quatro bebés.
O sol batia na janela daquele pequeno quarto. Deviam ser umas quatro e meia da tarde e era um dia quente de Verão.
A senhora idosa disse, então, ao monstro Casies:
- Estes são os meus netinhos. Eles são quadrigémeos: duas meninas e dois meninos. A minha filha foi de férias e eu fiquei a tomar conta deles, mas não sou capaz. Estou velha e não vejo. Ainda por cima tenho de ir a casa de uma amiga minha, a Évora.
Casies percebeu que ela queria que ele tomasse conta dos bebés e disse:
- Mas eu…
-Não se preocupe – interrompeu a velha – tenho a certeza de que é boa pessoa e de que da conta do recado. Foi-se embora e ele ficou a tomar conta dos bebés.
Passadas umas horas, exclamou:
- Ai se não fossem os meus tentáculos!
Já estava quase a “rebentar” de segurar tantas coisas quando a senhora de idade chegou e lhe disse:
- Já cá estou! Eu sei… Vamos jantar, porque eu encomendei a comida e também já falei com a minha filha que chega amanhã. Até lá, o senhor vai cá dormir.
E, de manhã, quando acordou, a velha já estava levantada e a filha já tinha chegado. Quando o viu, gritou tanto, tanto que ele fugiu a sete pés.
Decidiu, então, voltar para o seu país e, quando lá chegou, todos os monstros se riam dele, porque os que vão a outro planeta têm azar para toda a vida e o Casies ficou a ouvir os guinchos daqueles bebés para sempre.

Texto de Catarina Santos, nº 7 - 5º C (editado por João Miranda, nº13 – 7º A)


O Monstro Jopesimi


Era uma vez um monstro chamado Jopesimi. Tinha cabeça de hipopótamo, braços de dinossauro, corpo de dragão e pés de leão.
Apesar de ser assim, este monstro era calmo e gostava de brincar com as crianças.
Quando elas o viam, desatavam a fugir, mas os pais, como sabiam que ele não era mau, sossegavam-nas e elas vinham para junto do Jopesimi.
O jogo preferido dele era o futebol mas, com as garras, furava muitas vezes a bola.
Este monstro gostava de vir até à Biblioteca, consultar a Internet, mas as unhas atrapalhavam um bocado no teclado. Por isso, do que ele gostava mesmo era de ler um livro de histórias para aprender a escrever melhor e, depois, até contava essas histórias às crianças.
Também apreciava muito os livros de Ciências para ver as imagens dos animais de que era composto.

João Miranda - Nº 13 – 7º A

terça-feira, 8 de abril de 2008

A caixa de correio electrónico do nosso blog tem sido invadida, nas últimas semanas, por participações muito criativas de alunos do primeiro ciclo. Depois do João Pereira do Entroncamento (de quem já recebemos mais um conto) seguiram-se inúmeras contribuições de alunos de diferentes escolas do nosso agrupamento. O Cata-Letras agradece mais uma vez o interesse e o entusiasmo manifestados, com a promessa de divulgação dos vossos trabalhos. Desta vez, escolhemos uma história enviada pela Jéssica, aluna da EB1 da Arrifana, que fala de uma relação especial entre um feiticeiro e uma bruxa:

O Feiticeiro

Há muitos anos atrás, numa floresta misteriosa, vivia um feiticeiro com um aspecto muito esquisito. Usava uma capa negra e uns sapatos muito compridos e bicudos. A sua cara era comprida e na ponta do nariz tinha uma grande verruga que o incomodava quando tinha de usar os seus pequenos óculos redondos.
A sua casa era assustadora, tinha muitas teias de aranha e tinha um enorme quadro com a sua família.
Num dia de sol e sem nuvens o feiticeiro foi dar uma volta pela floresta. Quando chegou à floresta sombria encontrou uma casa onde vivia uma bruxa muito malvada que tinha uma borbulha na ponta do nariz. O feiticeiro corajoso com a sua cobra ao lado, bateu à porta, mas ninguém lhe abriu a porta. Como ninguém lhe abriu a porta ele entrou e viu um enorme caldeirão com muitas bolhas. A bruxa esperta estava a ver tudo com a sua bola de cristal. Enquanto o feiticeiro observava a casa, a bruxa com a sua vassoura entrou pela chaminé e perguntou ao feiticeiro o que é que ele estava ali a fazer. E o feiticeiro disse:
- Nada! Eu bati à porta e não estava ninguém.
A bruxa como desconfiava disse-lhe:
- Agora tu vais ser transformado num sapo e a tua cobra num pequenino rato.
Então, o feiticeiro ao ouvir aquilo pôs-se a andar para sua casa.
No dia seguinte o feiticeiro olhou-se para o espelho e começou a gritar:
_ AH! AH! AH” Eu sou um sapo e a minha cobra é um pequenino rato!
Então os empregados ao ouvirem aquilo foram ver o que o feiticeiro tinha. Os empregados ao entrarem no quarto do feiticeiro começaram-se a rir de ver o feiticeiro transformado num sapo. Quando o feiticeiro transformado num sapo viu os seus empregados a rirem disse:
- Vocês parecem umas galinhas a cacarejar.
Depois o feiticeiro foi ter com a bruxa. Quando chegou a casa da bruxa viu um papagaio que não parava de dizer:
_ Eu tenho uma bruxa chamada Diana, eu tenho uma bruxa chamada Diana …
O feiticeiro desceu umas escadas que ia dar ao quarto da bruxa.
Ele bateu à porta e a bruxa abriu-a e disse:
- O que é que estás aqui a fazer outra vez? Queres que eu te transforme num porco?
E o feiticeiro disse:
-Eu quero que tu me transformes como eu era dantes!
A bruxa disse-lhe:
-Eu só te transformo como eras dantes se tu fores à floresta arco – íris buscar uma pena de galinha verde.
Então o feiticeiro foi à floresta arco-íris buscar a pena de galinha verde. No dia seguinte a bruxa foi a casa do feiticeiro buscar a pena de galinha verde. Quando o feiticeiro abriu a porta a bruxa perguntou-lhe:
- Onde é que está a pena de galinha verde?
- Aqui tem a pena de galinha verde, dona bruxa.
A bruxa disse-lhe para ir com ela a sua casa. Quando chegaram a bruxa fez a poção para que o feiticeiro voltasse ao normal. Mas quando a bruxa viu que a pena era vermelha, pois o feiticeiro tinha-a enganado. Ela ficou ainda mais furiosa e transformou o feiticeiro num porco. No entanto a bruxa deu-lhe mais uma oportunidade para ir outra vez à floresta arco--íris buscar uma pena de galinha verde. Quando o feiticeiro chegou à floresta arco-íris já tinha escurecido. A noite era muito escura e o feiticeiro estava com medo dos lobos. Mas ele como era corajoso resolveu montar uma tenda para dormir.
No dia seguinte, o feiticeiro continuou viagem para ir buscar uma pena de galinha verde. Ao meio do caminho encontrou um galinheiro onde havia muitas penas de galinhas verdes. O feiticeiro foi logo a correr para lá. Quando apanhou a pena de galinha verde foi logo para casa da bruxa. Quando lá chegou a bruxa inverteu o feitiço e o feiticeiro voltou ao normal. No dia seguinte quando os empregados viram o feiticeiro de volta ao normal fizeram uma grande festa e uma grande jantarada.
Passados dois meses a bruxa e o feiticeiro voltaram-se a encontrar, estavam apaixonados um pelo outro. Quando todos souberam disso ficaram muito contentes. Então a bruxa e o feiticeiro casaram-se, tiveram muitos filhos e viveram felizes para sempre.

Jessica Gomes - 4º ano - EB1 de Arrifana

terça-feira, 1 de abril de 2008

LIVROS QUE MARCAM

É com o conforto ganho pelo vosso reconhecimento que o Cata-Letras regressa, depois da Páscoa. Agradecemos todas as participações que nos têm chegado e prometemos que cada uma delas terá o merecido destaque.

Desta vez, a Diana Santos do 9ºB (uma das colaboradoras mais assíduas do Cata Letras) envia-nos um pequeno comentário sobre um livro que trata um dos grandes mistérios da História. O Santo Sudário, de David Zurdo e Ángel Gutiérrez, fala-nos de um elemento, quase mágico, que ainda hoje é um dos maiores enigmas da cristandade. A História começa em 1502, quando a família Bórgia encomenda a Leonardo Da Vinci uma obra muito especial, envolvida em mistério.

Nas palavras da Diana, o livro é assim:
História magnífica, que eu resumiria numa bela passagem: “Às vezes, o mais óbvio passa despercebido quando a mente está ocupada com mil pormenores.”