Dois alunos, duas turmas diferentes, um único desafio: escrever uma história sobre uma sereia raptada por humanos. Os alunos David Neves (5ºC) e Inês Santos (5ºD) são os autores das duas histórias que aqui apresentamos e que foram trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa da professora Helena Lima.
História de uma Sereia “raptada” por um Humano
Pobre sereia, saco na cabeça, presa com o cinto de segurança do carro e cheia de lágrimas nos seus olhos verdes! Nem imaginava o que lhe poderia acontecer, pois não sabia para onde estava a ir.
Mal chegou a casa, o homem que a raptara pô-la no celeiro, entrou na cozinha e disse à sua mulher:
- Ó mulher, mas que bela pescaria! Enche a panela com água a ferver e toca a cozer uma sereia que apanhei no mar!
Mas a mulher, depois de entrar no celeiro e de ver a sereia, disse:
- Mas, ó homem, eu não vou cozer uma sereia e ainda por cima grávida! Pega no carro e leva-a para o mar! Lá é que ela está bem!
O homem assim que ouviu a mulher dizer isto, foi pôr a sereia no seu habitat natural.
A sereia, agradecida, saltou logo para o mar e atirou ao homem várias pérolas.
Assim, ele e a sua mulher viveram felizes e ricos para sempre.
Mas também a sereia, a partir daí, viveu sempre feliz, com a sua flor família.
(Inês Santos – Nº 11 – 5º D)
Sereia “raptada” por Humano
Era uma vez uma sereia que foi raptada. Quando chegaram a casa do rapaz que a raptou, a sereia, com medo e raiva, começou a chorar.
Passada uma semana de lágrimas e de tristeza, com saudades do mar e dos oceanos, ela parou de chorar e pediu desculpa ao raptor que afinal, a tratou sempre muito bem. E, a partir daí, passaram sempre a almoçar e a jantar juntos.
Mas um dia, ao jantar, a sereia e o rapaz estavam para começar a comer e o comer era peixe! A sereia ficou muito assustada ao ver um elemento da sua própria raça, no seu prato e exclamou:
- Eu não toco nisto! Nunca me atreveria a comer um peixe dos meus oceanos – um irmão!
Mas, convencida pelo rapaz, e depois daquela “birra” provou e gostou e, no fim do jantar, foi ao jardim com ele e olharam bem um para o outro e…apaixonaram-se!
À noite, ela dormia numa grande banheira de imersão com água e sal e já comia tudo o que os humanos comiam.
Um dia, resolveram ambos fazer uma viagem, nadando até ao Canadá. Quando chegaram a uma praia, deram um beijo um ao outro, sob o calor radioso do sol daquele dia e deu-se, então, uma incrível magia: a sereia transformou-se numa bela humana, sem escamas, mas com uma lindíssima pele.
Aí se casaram, tiveram filhos e foram felizes para sempre.
(David Neves – Nº 8 – 5º C)