Integrada no tema "AUTOR DO MÊS", para o qual foi seleccionado, em Janeiro/Fevereiro, o escritor ANTÓNIO TORRADO, propomos-te que participes numa das seguintes actividades, apresentando um trabalho que pode ser:
- pesquisa biográfica sobre este autor;
- reconto, sob a forma de resumo, de uma das suas obras;
- dar um final diferente a uma das suas histórias.
Ora vamos lá... mãos à obra!
Haverá surpresas para os participantes!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
DIREITOS HUMANOS
Uma aluna do 5º C fez uma pesquisa sobre um assunto muito importante para o mundo: OS DIREITOS HUMANOS.
Que bom seria se todos, efectivamente, os cumprissem!
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral, na sua resolução 217 (III) de 10 de Dezembro de 1948.
Publicada no Diário da República, I Série A, nº 57/78 de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Este documento proclama a Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e por todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas e de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universal e efectiva tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre os territórios colocados sob a sua jurisdição.
Ana Almeida, nº 2 – 5º C
Um outro tema de reflexão é, sem dúvida, o papel daqueles que “mandam” no mundo.
E que faria o Manuel Sousa, nº 10, do 5º C, se estivesse nessa posição?
Se eu mandasse no mundo:
- Fazia com que ele fosse melhor;
- Fazia com que todos tivessem casa e comida;
- Fazia com que todos tivessem amor;
- Fazia com que houvesse mais paz;
- Baixava os preços;
- Fazia com que fossem todos amigos;
- Fazia com que acabasse a droga, o tabaco e o álcool;
- Fazia com que não houvesse acidentes;
- Tomava bem conta dele.
Barack Obama, Presidente dos E.U.A, Durão Barroso, Presidente da União Europeia, Angela Merkel, Chanceler Alemã, Nicholas Sarkozy, Presidente da França, e Wen Jiabao, Primeiro Ministro da República Popular da China, são alguns dos homens e mulheres que governam este planeta a que chamamos Terra.
Manuel Sousa, nº 10 – 5º C
Que bom seria se todos, efectivamente, os cumprissem!
Declaração Universal dos Direitos do Homem
Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral, na sua resolução 217 (III) de 10 de Dezembro de 1948.
Publicada no Diário da República, I Série A, nº 57/78 de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Este documento proclama a Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e por todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas e de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universal e efectiva tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre os territórios colocados sob a sua jurisdição.
Ana Almeida, nº 2 – 5º C
Um outro tema de reflexão é, sem dúvida, o papel daqueles que “mandam” no mundo.
E que faria o Manuel Sousa, nº 10, do 5º C, se estivesse nessa posição?
Se eu mandasse no mundo:
- Fazia com que ele fosse melhor;
- Fazia com que todos tivessem casa e comida;
- Fazia com que todos tivessem amor;
- Fazia com que houvesse mais paz;
- Baixava os preços;
- Fazia com que fossem todos amigos;
- Fazia com que acabasse a droga, o tabaco e o álcool;
- Fazia com que não houvesse acidentes;
- Tomava bem conta dele.
Barack Obama, Presidente dos E.U.A, Durão Barroso, Presidente da União Europeia, Angela Merkel, Chanceler Alemã, Nicholas Sarkozy, Presidente da França, e Wen Jiabao, Primeiro Ministro da República Popular da China, são alguns dos homens e mulheres que governam este planeta a que chamamos Terra.
Manuel Sousa, nº 10 – 5º C
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
GRIPE A
Tal como já foi feito pelas Turmas B e D, também a Turma C do 5º Ano quis colaborar no nosso blog, com alguns textos referentes à Gripe A e não lhes faltou inspiração nem os bons conselhos que todos devemos seguir.
Vírus não vão faltar
Se esta doença não se travar;
É uma gripe
Mas de uma nova estirpe.
Contra a Gripe A
Temos de nos proteger
Para a nossa saúde
Não ficar a perder.
Temos de nos proteger
Para com a saúde viver;
Com a Gripe A cuidados devemos ter
Para nos defender.
Vamos trabalhar
Para contra a Gripe A
Nos cuidar e ajudar,
Para depois irmos brincar!
Ana Luísa, nº 2; José Pedro, nº 7; Manuel, nº 10 e Matilde, nº 13 – 5º C
Tal como já foi feito pelas Turmas B e D, também a Turma C do 5º Ano quis colaborar no nosso blog, com alguns textos referentes à Gripe A e não lhes faltou inspiração nem os bons conselhos que todos devemos seguir.
Vírus não vão faltar
Se esta doença não se travar;
É uma gripe
Mas de uma nova estirpe.
Contra a Gripe A
Temos de nos proteger
Para a nossa saúde
Não ficar a perder.
Temos de nos proteger
Para com a saúde viver;
Com a Gripe A cuidados devemos ter
Para nos defender.
Vamos trabalhar
Para contra a Gripe A
Nos cuidar e ajudar,
Para depois irmos brincar!
Ana Luísa, nº 2; José Pedro, nº 7; Manuel, nº 10 e Matilde, nº 13 – 5º C
COLABORAÇÃO DAS FUNCIONÁRIAS DA BIBLIOTECA
Também as funcionárias da Secretaria da nossa Escola quiseram dar o seu contributo para enriquecer e diversificar o leque dos nossos colaboradores, apresentando-nos estas engraçadas «Histórias de Encantar», numa mistura de brincadeira e muita imaginação!
Histórias de Encantar
Num lindo castelo altaneiro, na Germânia, com bandeiras suásticas a adejar, estava o archeiro-mor do rei Ludwing a dormir no trono do seu rei e... tam-tam-tam…
Sonhou… que era rei e que tinha, como rainha, a rainha de Copas, elegantérrima e lindíssima. Foi amor à primeira vista!
Vivia o real casal muito feliz até que apareceu o bruxo Gato das Botas que disse que a filha de ambos, Capuchinho Vermelho, seria comida pelo lobo no dia em que fizesse dez anos.
O real casal não sabia que mais haveria de fazer para quebrar o feitiço-magia negra.
E…aproximava-se o momento em que Capuchinho Vermelho iria ser comida pelo lobo, quando... aparece o Rei Ludwing enfurecido, acordando o archeiro-mor, batendo-lhe com o rato do computador Magalhães, na cabeça.
-------------------------------------
Num castelo assombrado nas montanhas da Transilvânia apareceu um cadáver, o do Gato das Botas, em avançado estado de decomposição.
Foi chamado o CSI do Mundo Encantado, com a antropóloga forense Capuchinho Vermelho e o detective de investigação criminal Peso Pesado, Rainha de Copas.
A antropóloga observa o estado do corpo pelas larvas depositadas pelas moscas varejeiras, retiram-se partículas corporais para análise de ADN e outros componentes e, depois de exaustiva análise, chegou-se à conclusão de que o cadáver teria sido envenenado com cicuta, injectado por uma pequena seringa hipodérmica através das costelas flutuante e anterior.
Removido o cadáver do local do crime, averiguou-se quem teria sido o assassino.
No exame ao cadáver, tinha sido detectado pólen raro proveniente de uma orquídea da Amazónia.
Através de amigos íntimos, descobriu-se que Robin Hood tinha sido apanhado, pelos índios Zoe da Amazónia, a matar macacos em vias de extinção, fugindo, depois, para a Transilvânia, com dez setas de cicuta dos índios Zoe, na mala.
O móbil do crime foi o facto de Robin Hood admirar muuuuito o Gato das Botas, mas sentia que este lhe fazia sombra com as suas histórias! Era, no fundo, uma relação AMOR/ ÓDIO.
E Robin Hood foi preso por 258 anos!
Autoras: Isabel Neves e Lurdes Carrito, funcionárias da Secretaria da nossa escola
Histórias de Encantar
Num lindo castelo altaneiro, na Germânia, com bandeiras suásticas a adejar, estava o archeiro-mor do rei Ludwing a dormir no trono do seu rei e... tam-tam-tam…
Sonhou… que era rei e que tinha, como rainha, a rainha de Copas, elegantérrima e lindíssima. Foi amor à primeira vista!
Vivia o real casal muito feliz até que apareceu o bruxo Gato das Botas que disse que a filha de ambos, Capuchinho Vermelho, seria comida pelo lobo no dia em que fizesse dez anos.
O real casal não sabia que mais haveria de fazer para quebrar o feitiço-magia negra.
E…aproximava-se o momento em que Capuchinho Vermelho iria ser comida pelo lobo, quando... aparece o Rei Ludwing enfurecido, acordando o archeiro-mor, batendo-lhe com o rato do computador Magalhães, na cabeça.
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Num castelo assombrado nas montanhas da Transilvânia apareceu um cadáver, o do Gato das Botas, em avançado estado de decomposição.
Foi chamado o CSI do Mundo Encantado, com a antropóloga forense Capuchinho Vermelho e o detective de investigação criminal Peso Pesado, Rainha de Copas.
A antropóloga observa o estado do corpo pelas larvas depositadas pelas moscas varejeiras, retiram-se partículas corporais para análise de ADN e outros componentes e, depois de exaustiva análise, chegou-se à conclusão de que o cadáver teria sido envenenado com cicuta, injectado por uma pequena seringa hipodérmica através das costelas flutuante e anterior.
Removido o cadáver do local do crime, averiguou-se quem teria sido o assassino.
No exame ao cadáver, tinha sido detectado pólen raro proveniente de uma orquídea da Amazónia.
Através de amigos íntimos, descobriu-se que Robin Hood tinha sido apanhado, pelos índios Zoe da Amazónia, a matar macacos em vias de extinção, fugindo, depois, para a Transilvânia, com dez setas de cicuta dos índios Zoe, na mala.
O móbil do crime foi o facto de Robin Hood admirar muuuuito o Gato das Botas, mas sentia que este lhe fazia sombra com as suas histórias! Era, no fundo, uma relação AMOR/ ÓDIO.
E Robin Hood foi preso por 258 anos!
Autoras: Isabel Neves e Lurdes Carrito, funcionárias da Secretaria da nossa escola
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
COLABORAÇÃO DA PROFESSORA CELESTE CORREIA
É com muita alegria e satisfação que hoje publicamos dois belos textos da autoria da professora Celeste Correia que, apesar de não estar já ao serviço da nossa escola, nos continua a querer bem... e nós a ela! Parabéns!
Os Rios da Minha Infância
Foi uma vez, num tempo já quase sem nenhuma Primavera, embalada pela magia que convida ao devaneio, dei comigo, vezes sem conta, a procurar os Rios da Minha Infância, cansada de ler os seus nomes nas placas das estradas e de olhar os seus leitos rendilhados de secura…Quantas vezes cheguei a pensar que os títulos de seus nomes espalhados ao longo dos caminhos e estradas, mais não são que uma lápide a recordá-los à posteridade. Houve mesmo ocasiões que, antes de ler os seus nomes, antepus: “Aqui jaz o Rio…” e acrescentei-lhe o fervor de uma prece saturada de emoção que, pelo passado, era Louvor e pelo presente/futuro um Lamento.
Em vão, procurei o murmúrio das correntes, o chilrear dos pássaros nos ramos dos Salgueiros que bordejavam as correntes… sonhando ao som das cascatas que rachavam as montanhas e entoavam hinos à Natureza que não fala a nossa linguagem… até as pedras se esconderam para dar lugar a detritos e pastos ressequidos…Quando acontecia ver repetidos, mais à frente, o mesmo nome de Rio, chegava a pensar que tinha acabado de pisar um túmulo! Deveria ter voado sobre aquele espaço, em sinal de homenagem.
Não vivi assim tantos anos ainda para esquecer os rios e regatos e ribeiros da minha infância.
O que eu gosto mesmo é da Montanha, quando a chuva cai em rajadas, ao som da música das cascatas, em véu de noiva delicioso e puro e forte, abrindo socalcos, recheando de beleza, passo a passo, a caminhada,
A água era cristalina, espelho sempre à mão das nossas vaidades e fantasias e os seixos que ela acariciava, eram espelhos fixos que os da água corrente, levavam as nossas imagens pelos caminhos dos nossos sonhos que embalavam aventuras. A Pureza da água que pulava tornava as pedras brilhantes. Lembravam canções de embalar sonhos! Quantas vezes, com os meninos da minha idade nos sentámos, ali antes do Sol se pôr, pelas tardinhas, a imaginar a vida naquela água correndo, correndo para o Mar! Era sempre água e nunca era a mesma água e todos os dias corria, corria, corria, assim como o tempo, sem tempo, a acompanhar a vida sempre renovada, continuada, em nós e na Natureza! A água corria para o Mar e nós íamos com ela, crescíamos…crescíamos… nossos olhos desenhavam montanhas e nas nossas cabecinhas viviam aventuras inimagináveis viajando com as águas até ao Imenso do Mar. Procurávamos viver aquele sortilégio de vida fazendo viagens inesquecíveis em barquinhos de papel feitos dos poucos jornais velhos, que outro papel não tínhamos,( os haveres eram escassos) e aí tomávamos lugar, em barcos de mistério.
Debaixo dos Salgueiros construíamos casinhas de brincar que enfeitávamos com miosótis colhidos ali, à beira do rio. Corríamos pelos verdes campos embalados pelo canto dos passarinhos, admirando as ovelhas e as cabras saboreando os rebentos tenros e doces e as vacas que pastavam pachorrentas.
Regressando àquele tempo, já no despedir da Primavera, tenho dificuldade em entender esta transformação violenta que o Mundo sofreu. Assistimos à Explosão da Ciência e da Tecnologia mas… com a evolução veio também a Poluição. Os Rios foram secando, secando e destruindo… destruindo… A água deixou de nos acariciar, deixou de nos purificar, os nossos sentires abandonaram ressonâncias afectivas que moldavam a nossa inteligência e norteavam o nosso comportamento em sociedade e as nossas relações humanas tornaram-se frias e áridas, tantas vezes indiferentes e surdas…destruidoras, vezes sem contar e… continuamos seres inteligentes e interventivos!...
Chama-se “Cesarão” o Rio que me viu nascer. É o maior Rio do (meu) Mundo. Continua a correr, quando pode, debaixo de uma ponte romana, de três arcos que era para mim, a maior ponte do Mundo como essas que são Obra Prima da Tecnologia e de Arquitectos célebres. O segundo Rio foi o Côa. afluente do Mondego cujo caudal era acalentado pelas ribeiras e regatos que o Rio Cesarão lhe entregava acariciando-o com uma ternura sem sequer lamentar perder identidade.
Hoje, procuro todos os Rios cujos nomes vou sabendo no Mar onde se perderam. Tal como a Vida Humana vai acontecendo e passando assim os Rios da minha infância que deixaram marcas Indeléveis e Universais.
Não falo dos grandes rios, esses ainda vão continuando sustentados pela Tecnologia. Presto a minha homenagem àqueles pequenos regatos, ribeiras e rios que alimentavam os povos por onde passavam e fertilizavam os campos e matavam a fome a todos.
Também havia guerras e lutas. O sangue misturava-se com as águas e purificava, se não a alma… as mãos.
O meu Rio “Cesarão” também se zangava e vi-o uma vez em fúria. Veio com uma avalanche de lama mas abençoou a terra e fertilizou-a. As hortas, naquele ano, foram muito generosas. Depois, este Rio já vinha de tempos antigos e distantes. Alimentavam-se das suas águas todos os povos que vieram à Península Ibérica: Iberos, Celtas, Fenícios, Cartaginenses, Visigodos, Romanos...
Quanto valem os “Rios da Minha Infância”?!
Não ficariam bem no lugar das Centrais Nucleares?
Que força restituirá, no coração do Homem, o encanto daquele viver, naquela despedida de Primavera!? Naquele tempo, já sem nenhum tempo… recheado de Vida!?
Maria Celeste Brigas Dias Correia
Em Coimbra, sem Tempo.
As Auto-Estradas, Visão do Futuro
Num tempo, ainda sem nenhum tempo, a Lua desviava-se da sua imagem reflectida no rio que, calmamente, ia correndo, devagarinho, para o Mar. Os nossos olhares reflectiam a tranquilidade de um sentir pleno de admiração e louvor! Ali ficávamos, cercados de montanhas, montados num jumento, embalados, perdidos naqueles caminhos, sem estradas, trilhando socalcos, aqui e além, para abrir caminhos que, após a nossa passagem, voltavam a fechar-se. A noite ia dando lugar ao dia que o Sol fazia acordar. Sentíamos a orquestra da Natureza que harmonizava a paisagem com o canto dos passarinhos, o murmúrio das águas que corriam nos vales, saltavam nas cascatas e os regatos abraçavam os caminhos que percorriam. Assim a Natureza ia mudando lentamente de cenário, à medida do nosso caminhar e convidando-nos a um diálogo cúmplice e silencioso. A Terra queixou-se do tempo em que “tudo era informe e vazio”. Com o decorrer dos séculos foi crescendo, crescendo, vestindo-se de esplendor. Reinava em beleza e harmonia. No seu seio existia um “Paraíso” . A Natureza, cada vez mais Bela, vivia e sonhava. Sonhava e expandia-se; porém, um dia de inaudita felicidade, pediu ao Criador alguém capacitado para admirar tudo o que Ela, Natureza, não sabia e uma voz que também não tinha para entoar Hinos de Louvor. E o Homem apareceu na Terra! Com ele, depois do “ Big-Bang” da Criação foi aparecendo o “ Big-Bang” da Civilização e da Ciência. E o homem, tal como modelou e aprimorou a Natureza com o avanço da Ciência e da Tecnologia para ter uma vida mais suave e agradável ao seu viver, levado pela ambição, confundiu as coisas e fez o caminho inverso. Foi andando, andando até à idade do petróleo que extraiu do ventre da Terra. Foi a vez da Terra viver a euforia das suas riquezas, confundindo Beleza e Arte arrastada pelo homem. Este criou estradas no solo e no ar, aproximou Mares e Continentes; arrancou árvores, destruiu florestas, rebentou montanhas, destruiu as hortas e os verdes, desviou os Rios e a Lua perdeu-se…os Rios eram o seu espelho! Matou quilómetros sem conta e vestiu-os de negro alcatrão. Inventou carros cada vez mais potentes. A poluição enraizou-se na Natureza e no coração do homem caminhando a passos largos para a destruição. As Auto-Estradas são o novo tapete destruidor daquele “Paraíso. Invadiram caminhos e vales e planícies que disponibilizavam os espaços para cultivo dos alimentos e, a pouco e pouco, foi-se instalando a fome… E continuam corpos humanos soterrados na argamassa das Estradas!...
Não teria sido possível conjugar Ciência e Tecnologia para continuar a Harmonia da Natureza tendo o Homem como centro para a usufruir, admirar e louvar!?
Então a Lua desabafou: “ Quebrou-se o meu Espelho. Apagou-se o meu Sol. Não quero iluminar o negro do alcatrão nem o negro sangrento de Estradas e ódios de guerras”!
E … em tempo, já sem nenhum tempo…
… Foi a vez do Sol convidar a Lua e descansaram. O Petróleo e seus derivados regressaram ao berço. E o homem teve saudades dos tempos em que se vestia de folhas, bebia a pureza das águas, comia frutos silvestres, ia ao encontro de outros homens que caminhavam vestidos de nu, de alma singela, em direcção ao refúgio da Noite dos Séculos.
É um sonho!? Uma miragem!?
Quando a Poluição e o Petróleo regressarem ao Ventre da Terra, voltaremos àquele tempo, sem tempo e, no refúgio duma Noite sem dia, repleta de Sol e Lua encontraremos o nosso tempo de meninice prolongado na infância.
Não teremos Auto-Estradas mas teremos milhares de milhões (incontáveis) de caminhos de liberdade, de felicidade, de pureza e encontros...
É Belo e Bom e Cómodo o Progresso! Estar em simultâneo e veloz em vários espaços, ver Mundos desconhecidos que a Ciência e a Tecnologia nos oferecem… Mas a que preço!..
Curvo-me diante das maravilhas da Ciência e da Tecnologia e dos Caminhos de avanço que este Século, pela dedicação, esforço e inteligência do Homem que se vai desafiando a si próprio, nos oferece mas, gostaria de dizer às gerações dos mais novos que outro viver, não menos belo, encantou as nossas vidas, nas aldeias remotas e abandonadas deste Velho Portugal, quando as estradas eram só caminhos!
E no Céu só moravam Estrelas!
Coimbra, sem tempo.
Maria Celeste Brigas Dias Correia
Os Rios da Minha Infância
Foi uma vez, num tempo já quase sem nenhuma Primavera, embalada pela magia que convida ao devaneio, dei comigo, vezes sem conta, a procurar os Rios da Minha Infância, cansada de ler os seus nomes nas placas das estradas e de olhar os seus leitos rendilhados de secura…Quantas vezes cheguei a pensar que os títulos de seus nomes espalhados ao longo dos caminhos e estradas, mais não são que uma lápide a recordá-los à posteridade. Houve mesmo ocasiões que, antes de ler os seus nomes, antepus: “Aqui jaz o Rio…” e acrescentei-lhe o fervor de uma prece saturada de emoção que, pelo passado, era Louvor e pelo presente/futuro um Lamento.
Em vão, procurei o murmúrio das correntes, o chilrear dos pássaros nos ramos dos Salgueiros que bordejavam as correntes… sonhando ao som das cascatas que rachavam as montanhas e entoavam hinos à Natureza que não fala a nossa linguagem… até as pedras se esconderam para dar lugar a detritos e pastos ressequidos…Quando acontecia ver repetidos, mais à frente, o mesmo nome de Rio, chegava a pensar que tinha acabado de pisar um túmulo! Deveria ter voado sobre aquele espaço, em sinal de homenagem.
Não vivi assim tantos anos ainda para esquecer os rios e regatos e ribeiros da minha infância.
O que eu gosto mesmo é da Montanha, quando a chuva cai em rajadas, ao som da música das cascatas, em véu de noiva delicioso e puro e forte, abrindo socalcos, recheando de beleza, passo a passo, a caminhada,
A água era cristalina, espelho sempre à mão das nossas vaidades e fantasias e os seixos que ela acariciava, eram espelhos fixos que os da água corrente, levavam as nossas imagens pelos caminhos dos nossos sonhos que embalavam aventuras. A Pureza da água que pulava tornava as pedras brilhantes. Lembravam canções de embalar sonhos! Quantas vezes, com os meninos da minha idade nos sentámos, ali antes do Sol se pôr, pelas tardinhas, a imaginar a vida naquela água correndo, correndo para o Mar! Era sempre água e nunca era a mesma água e todos os dias corria, corria, corria, assim como o tempo, sem tempo, a acompanhar a vida sempre renovada, continuada, em nós e na Natureza! A água corria para o Mar e nós íamos com ela, crescíamos…crescíamos… nossos olhos desenhavam montanhas e nas nossas cabecinhas viviam aventuras inimagináveis viajando com as águas até ao Imenso do Mar. Procurávamos viver aquele sortilégio de vida fazendo viagens inesquecíveis em barquinhos de papel feitos dos poucos jornais velhos, que outro papel não tínhamos,( os haveres eram escassos) e aí tomávamos lugar, em barcos de mistério.
Debaixo dos Salgueiros construíamos casinhas de brincar que enfeitávamos com miosótis colhidos ali, à beira do rio. Corríamos pelos verdes campos embalados pelo canto dos passarinhos, admirando as ovelhas e as cabras saboreando os rebentos tenros e doces e as vacas que pastavam pachorrentas.
Regressando àquele tempo, já no despedir da Primavera, tenho dificuldade em entender esta transformação violenta que o Mundo sofreu. Assistimos à Explosão da Ciência e da Tecnologia mas… com a evolução veio também a Poluição. Os Rios foram secando, secando e destruindo… destruindo… A água deixou de nos acariciar, deixou de nos purificar, os nossos sentires abandonaram ressonâncias afectivas que moldavam a nossa inteligência e norteavam o nosso comportamento em sociedade e as nossas relações humanas tornaram-se frias e áridas, tantas vezes indiferentes e surdas…destruidoras, vezes sem contar e… continuamos seres inteligentes e interventivos!...
Chama-se “Cesarão” o Rio que me viu nascer. É o maior Rio do (meu) Mundo. Continua a correr, quando pode, debaixo de uma ponte romana, de três arcos que era para mim, a maior ponte do Mundo como essas que são Obra Prima da Tecnologia e de Arquitectos célebres. O segundo Rio foi o Côa. afluente do Mondego cujo caudal era acalentado pelas ribeiras e regatos que o Rio Cesarão lhe entregava acariciando-o com uma ternura sem sequer lamentar perder identidade.
Hoje, procuro todos os Rios cujos nomes vou sabendo no Mar onde se perderam. Tal como a Vida Humana vai acontecendo e passando assim os Rios da minha infância que deixaram marcas Indeléveis e Universais.
Não falo dos grandes rios, esses ainda vão continuando sustentados pela Tecnologia. Presto a minha homenagem àqueles pequenos regatos, ribeiras e rios que alimentavam os povos por onde passavam e fertilizavam os campos e matavam a fome a todos.
Também havia guerras e lutas. O sangue misturava-se com as águas e purificava, se não a alma… as mãos.
O meu Rio “Cesarão” também se zangava e vi-o uma vez em fúria. Veio com uma avalanche de lama mas abençoou a terra e fertilizou-a. As hortas, naquele ano, foram muito generosas. Depois, este Rio já vinha de tempos antigos e distantes. Alimentavam-se das suas águas todos os povos que vieram à Península Ibérica: Iberos, Celtas, Fenícios, Cartaginenses, Visigodos, Romanos...
Quanto valem os “Rios da Minha Infância”?!
Não ficariam bem no lugar das Centrais Nucleares?
Que força restituirá, no coração do Homem, o encanto daquele viver, naquela despedida de Primavera!? Naquele tempo, já sem nenhum tempo… recheado de Vida!?
Maria Celeste Brigas Dias Correia
Em Coimbra, sem Tempo.
As Auto-Estradas, Visão do Futuro
Num tempo, ainda sem nenhum tempo, a Lua desviava-se da sua imagem reflectida no rio que, calmamente, ia correndo, devagarinho, para o Mar. Os nossos olhares reflectiam a tranquilidade de um sentir pleno de admiração e louvor! Ali ficávamos, cercados de montanhas, montados num jumento, embalados, perdidos naqueles caminhos, sem estradas, trilhando socalcos, aqui e além, para abrir caminhos que, após a nossa passagem, voltavam a fechar-se. A noite ia dando lugar ao dia que o Sol fazia acordar. Sentíamos a orquestra da Natureza que harmonizava a paisagem com o canto dos passarinhos, o murmúrio das águas que corriam nos vales, saltavam nas cascatas e os regatos abraçavam os caminhos que percorriam. Assim a Natureza ia mudando lentamente de cenário, à medida do nosso caminhar e convidando-nos a um diálogo cúmplice e silencioso. A Terra queixou-se do tempo em que “tudo era informe e vazio”. Com o decorrer dos séculos foi crescendo, crescendo, vestindo-se de esplendor. Reinava em beleza e harmonia. No seu seio existia um “Paraíso” . A Natureza, cada vez mais Bela, vivia e sonhava. Sonhava e expandia-se; porém, um dia de inaudita felicidade, pediu ao Criador alguém capacitado para admirar tudo o que Ela, Natureza, não sabia e uma voz que também não tinha para entoar Hinos de Louvor. E o Homem apareceu na Terra! Com ele, depois do “ Big-Bang” da Criação foi aparecendo o “ Big-Bang” da Civilização e da Ciência. E o homem, tal como modelou e aprimorou a Natureza com o avanço da Ciência e da Tecnologia para ter uma vida mais suave e agradável ao seu viver, levado pela ambição, confundiu as coisas e fez o caminho inverso. Foi andando, andando até à idade do petróleo que extraiu do ventre da Terra. Foi a vez da Terra viver a euforia das suas riquezas, confundindo Beleza e Arte arrastada pelo homem. Este criou estradas no solo e no ar, aproximou Mares e Continentes; arrancou árvores, destruiu florestas, rebentou montanhas, destruiu as hortas e os verdes, desviou os Rios e a Lua perdeu-se…os Rios eram o seu espelho! Matou quilómetros sem conta e vestiu-os de negro alcatrão. Inventou carros cada vez mais potentes. A poluição enraizou-se na Natureza e no coração do homem caminhando a passos largos para a destruição. As Auto-Estradas são o novo tapete destruidor daquele “Paraíso. Invadiram caminhos e vales e planícies que disponibilizavam os espaços para cultivo dos alimentos e, a pouco e pouco, foi-se instalando a fome… E continuam corpos humanos soterrados na argamassa das Estradas!...
Não teria sido possível conjugar Ciência e Tecnologia para continuar a Harmonia da Natureza tendo o Homem como centro para a usufruir, admirar e louvar!?
Então a Lua desabafou: “ Quebrou-se o meu Espelho. Apagou-se o meu Sol. Não quero iluminar o negro do alcatrão nem o negro sangrento de Estradas e ódios de guerras”!
E … em tempo, já sem nenhum tempo…
… Foi a vez do Sol convidar a Lua e descansaram. O Petróleo e seus derivados regressaram ao berço. E o homem teve saudades dos tempos em que se vestia de folhas, bebia a pureza das águas, comia frutos silvestres, ia ao encontro de outros homens que caminhavam vestidos de nu, de alma singela, em direcção ao refúgio da Noite dos Séculos.
É um sonho!? Uma miragem!?
Quando a Poluição e o Petróleo regressarem ao Ventre da Terra, voltaremos àquele tempo, sem tempo e, no refúgio duma Noite sem dia, repleta de Sol e Lua encontraremos o nosso tempo de meninice prolongado na infância.
Não teremos Auto-Estradas mas teremos milhares de milhões (incontáveis) de caminhos de liberdade, de felicidade, de pureza e encontros...
É Belo e Bom e Cómodo o Progresso! Estar em simultâneo e veloz em vários espaços, ver Mundos desconhecidos que a Ciência e a Tecnologia nos oferecem… Mas a que preço!..
Curvo-me diante das maravilhas da Ciência e da Tecnologia e dos Caminhos de avanço que este Século, pela dedicação, esforço e inteligência do Homem que se vai desafiando a si próprio, nos oferece mas, gostaria de dizer às gerações dos mais novos que outro viver, não menos belo, encantou as nossas vidas, nas aldeias remotas e abandonadas deste Velho Portugal, quando as estradas eram só caminhos!
E no Céu só moravam Estrelas!
Coimbra, sem tempo.
Maria Celeste Brigas Dias Correia
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
POEMAS-PUZZLE
Numa abertura universal a todas as línguas, desta vez publicamos um poema na língua de “nuestros hermanos”, poema esse reorganizado pela turma de Espanhol desta escola, no âmbito da comemoração do Mês das Bibliotecas Felicitaciones!
Si los niños viven con crítica
Aprenden a condenar.
Si los ninõs viven con hostilidad
Aprenden a vivir luchando.
Si los niños vivem con vergüenza
Aprenden a sentirse culpables.
Si los niños viven el ridículo
Aprenden a ser tímidos.
Si los niños viven con tolerancia
Aprenden a ser pacientes.
Si los niños viven con seguridad
Aprenden a tener fe.
Si los niños viven con aceptación e amistad
Aprenden a hallar amor en el mundo.
Si los niños viven con estímulo
Aprenden a confiar.
Si los niños viven con alabanza
Aprenden a apreciar.
Si los niños viven con aprobación
Aprenden autoestima.
Si los niños viven con honradez
Aprenden la justicia.
Si los niños viven con crítica
Aprenden a condenar.
Si los ninõs viven con hostilidad
Aprenden a vivir luchando.
Si los niños vivem con vergüenza
Aprenden a sentirse culpables.
Si los niños viven el ridículo
Aprenden a ser tímidos.
Si los niños viven con tolerancia
Aprenden a ser pacientes.
Si los niños viven con seguridad
Aprenden a tener fe.
Si los niños viven con aceptación e amistad
Aprenden a hallar amor en el mundo.
Si los niños viven con estímulo
Aprenden a confiar.
Si los niños viven con alabanza
Aprenden a apreciar.
Si los niños viven con aprobación
Aprenden autoestima.
Si los niños viven con honradez
Aprenden la justicia.
Continuando a publicação dos poemas puzzle, temos, desta vez, os dos alunos das turmas do 11º ano e do 12º ano bem como das turmas CEF.
11º A
O Mundo não se fez para pensarmos nele
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Porque pensar é não compreender...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
Porque o vejo. Mas não penso nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
O meu olhar é nítido como um girassol.
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
E de em quando olhando para trás...
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
Creio no mundo como num malmequer,
E eu sei dar por isso muito bem...
..........................................................................................
11ºB
Segue o teu destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Nunca a interrogues
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Imita o Olimpo
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
No teu coração.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Mas serenamente
Vê de longe a vida
Suave é viver só.
.....................................................................................
12º A
Sagres
Vinha de longe o mar...
Vinha de longe, dos confins do medo...
Mas vinha azul e brando, a murmurar
Aos ouvidos da terra um cósmico segredo.
E a terra ouvia, de perfil agudo,
A confidencial revelação
Que iluminava tudo
Que fora bruma na imaginação.
Era o resto do mundo que faltava,
(Porque faltava mundo!).
E o agudo perfil mais se aguçava
E o mar jurava cada vez mais fundo.
Sagres sagrou então a descoberta
Por descobrir:
As duas margens da certeza incerta
Teriam de se unir!
.........................................................................................
12º B
Feliz Dia para Quem É
Feliz dia para quem é
O igual do dia,
E no exterior azul que vê
Simples confia!
Na alma um azul do céu também
Tão belo ser
Azul do céu faz pena a quem
Com que viver
Insciente e sem querer passar.
Os montes quedos
Mas vejo quem devia estar
E em seus segredos!
Igual do dia
Pudesse haver no coração
Ah, e se o verde com que estão
Ah, a ironia
De só sentir a terra e o céu
Não pode ser
Quem de si sente que perdeu
A alma p’ra os ter!
.......................................................................................
COZ 1
A cor que se tem
Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.
Cor-de-rosa
Se preferir
É só decidir.
Quem o cheirar
Há-de ficar
Com a cor de pele
Que tem
Branco ou amarelo
Até estou a pensar
Outras cores acrescentar.
Para alegrar
Preto ou vermelho
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.
E assim
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor
Não se pode avaliar
Pela cor
De alguém
Que mais gostar.
E então
Tudo estará bem.
.........................................................................................................
COZ 2
Urgentemente
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
É urgente um barco no mar.
É urgente o amor.
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
..........................................................................................................
OI 2
O Poema é...
O Poema é
A liberdade
Um poema não se programa.
- Sílaba por sílaba –
Sílaba por sílaba
O fazemos.
O poema emerge
- Como os deuses o dessem
Porém a disciplina
O acompanha.
............................................................................................................
CPET
Gato que brincas na rua
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Todo o nada que és é teu.
És feliz porque és assim,
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
..................................................................................................
CPIG
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E viu-se a terra inteira, de repente,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
Que o mar unisse, já não separasse.
Surgir, redonda, do azul profundo.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Quem te sagrou criou-te português.
Cumpriu-se o Mar, e o império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
...............................................................................................
CPTC
Natal
Natal...Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
‘Stou só e sonho saudade!
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
.................................................................................................................
SM
A Bailarina
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
E também quer dormir com as outras crianças.
Roda, roda com os bracinhos no ar
E não fica tonta nem sai do lugar.
Não conhece nem dó nem ré
Mas sabe ficar na ponta do pé.
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.
Não conhece nem lá nem si
Mas fecha os olhos e sorri.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
11º A
O Mundo não se fez para pensarmos nele
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Porque pensar é não compreender...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
Porque o vejo. Mas não penso nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
O meu olhar é nítido como um girassol.
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
E de em quando olhando para trás...
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
Creio no mundo como num malmequer,
E eu sei dar por isso muito bem...
..........................................................................................
11ºB
Segue o teu destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Nunca a interrogues
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Imita o Olimpo
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
No teu coração.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Mas serenamente
Vê de longe a vida
Suave é viver só.
.....................................................................................
12º A
Sagres
Vinha de longe o mar...
Vinha de longe, dos confins do medo...
Mas vinha azul e brando, a murmurar
Aos ouvidos da terra um cósmico segredo.
E a terra ouvia, de perfil agudo,
A confidencial revelação
Que iluminava tudo
Que fora bruma na imaginação.
Era o resto do mundo que faltava,
(Porque faltava mundo!).
E o agudo perfil mais se aguçava
E o mar jurava cada vez mais fundo.
Sagres sagrou então a descoberta
Por descobrir:
As duas margens da certeza incerta
Teriam de se unir!
.........................................................................................
12º B
Feliz Dia para Quem É
Feliz dia para quem é
O igual do dia,
E no exterior azul que vê
Simples confia!
Na alma um azul do céu também
Tão belo ser
Azul do céu faz pena a quem
Com que viver
Insciente e sem querer passar.
Os montes quedos
Mas vejo quem devia estar
E em seus segredos!
Igual do dia
Pudesse haver no coração
Ah, e se o verde com que estão
Ah, a ironia
De só sentir a terra e o céu
Não pode ser
Quem de si sente que perdeu
A alma p’ra os ter!
.......................................................................................
COZ 1
A cor que se tem
Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.
Cor-de-rosa
Se preferir
É só decidir.
Quem o cheirar
Há-de ficar
Com a cor de pele
Que tem
Branco ou amarelo
Até estou a pensar
Outras cores acrescentar.
Para alegrar
Preto ou vermelho
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.
E assim
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor
Não se pode avaliar
Pela cor
De alguém
Que mais gostar.
E então
Tudo estará bem.
.........................................................................................................
COZ 2
Urgentemente
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
É urgente um barco no mar.
É urgente o amor.
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
..........................................................................................................
OI 2
O Poema é...
O Poema é
A liberdade
Um poema não se programa.
- Sílaba por sílaba –
Sílaba por sílaba
O fazemos.
O poema emerge
- Como os deuses o dessem
Porém a disciplina
O acompanha.
............................................................................................................
CPET
Gato que brincas na rua
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Todo o nada que és é teu.
És feliz porque és assim,
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
..................................................................................................
CPIG
O Infante
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E viu-se a terra inteira, de repente,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
Que o mar unisse, já não separasse.
Surgir, redonda, do azul profundo.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Quem te sagrou criou-te português.
Cumpriu-se o Mar, e o império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
...............................................................................................
CPTC
Natal
Natal...Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
‘Stou só e sonho saudade!
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
.................................................................................................................
SM
A Bailarina
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
E também quer dormir com as outras crianças.
Roda, roda com os bracinhos no ar
E não fica tonta nem sai do lugar.
Não conhece nem dó nem ré
Mas sabe ficar na ponta do pé.
Esta menina
Tão pequenina
Quer ser bailarina.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.
Não conhece nem lá nem si
Mas fecha os olhos e sorri.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
JOGOS FLORAIS
Se és aluno do 2º Ciclo, participa na actividade JOGOS FLORAIS! Informa-te junto do teu professor de Língua Portuguesa, o mais brevemente possível. Ele dar-te-á todas as indicações sobre os mesmos bem como conhecimento do seu Regulamento. Vale mesmo a pena participares!
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