O poema que hoje publicamos foi elaborado por uma professora da nossa escola e evoca os tempos das cartas de amor anteriores às mensagens dos telemóveis. Se conseguires descobrir a autora de tão talentosos versos, deixa o nome da Professora e a tua identificação (nome, nº e turma) no espaço dedicado aos comentários, no final deste post. O primeiro comentário que acertar no nome da professora ganhará um prémio surpresa.
Como pista, podemos dizer que é uma Maria, como tantas outras, com a particularidade de dominar as técnicas da dissimulação e do fingimento como ninguém.
Cartas de Amor
Em horas de silêncios torturantes,
Quando em horas de dor julgo morrer,
Minhas pálidas mãos febricitantes
Tuas cartas de amor vão revolver.
Aos olhos tristes volta a luz do sonho,
O riso aos lábios sem frescor agora,
O coração torna a pulsar, risonho,
A transbordar de vida como outrora.
E sou de novo aquela que te amou
Em arroubos de vivida ternura,
Que em delírio e êxtase escutou
Tuas palavras de amor e de loucura.
Leio essas letras com paixão e ânsia
-Letras que as tuas mãos foram traçar
E o meu olhar vagueia na distância
E fico-me, esquecida, ainda a sonhar.
Cartas, de amor! Algemas que prendeste
Tão bem ao coração louco por ti!
Bendita a hora em que me escreveste!
Bendita a hora em que eu as li!
Delas se evola o divinal odor
Da ilusão mais bela e mais sentida;
Eram a luz, a chama, o esplendor,
A vida que busquei na própria vida.
Falavam-me de mundos de magia,
Dum paraíso de ventura e calma;
Foram o sol brilhante dos meus dias
Canções de sonho a embalar a alma.
Trago-as dentro do peito torturado
Como essência de frescas primaveras,
Como um jardim de estrelas semeado
Aonde sepultei minhas quimeras.
Tuas cartas te amor - do nosso amor
Desvairado, impossível e ardente -
Prendo-as entre os meus dedos com frescor
Beijo-as depois suave, meigamente.
E vão cair sobre elas, carinhosas,
Minhas lágrimas puras de ansiedade
Como se fossem pétalas de rosa
Desfolhadas em pranto de saudade.
Como pista, podemos dizer que é uma Maria, como tantas outras, com a particularidade de dominar as técnicas da dissimulação e do fingimento como ninguém.
Cartas de Amor
Em horas de silêncios torturantes,
Quando em horas de dor julgo morrer,
Minhas pálidas mãos febricitantes
Tuas cartas de amor vão revolver.
Aos olhos tristes volta a luz do sonho,
O riso aos lábios sem frescor agora,
O coração torna a pulsar, risonho,
A transbordar de vida como outrora.
E sou de novo aquela que te amou
Em arroubos de vivida ternura,
Que em delírio e êxtase escutou
Tuas palavras de amor e de loucura.
Leio essas letras com paixão e ânsia
-Letras que as tuas mãos foram traçar
E o meu olhar vagueia na distância
E fico-me, esquecida, ainda a sonhar.
Cartas, de amor! Algemas que prendeste
Tão bem ao coração louco por ti!
Bendita a hora em que me escreveste!
Bendita a hora em que eu as li!
Delas se evola o divinal odor
Da ilusão mais bela e mais sentida;
Eram a luz, a chama, o esplendor,
A vida que busquei na própria vida.
Falavam-me de mundos de magia,
Dum paraíso de ventura e calma;
Foram o sol brilhante dos meus dias
Canções de sonho a embalar a alma.
Trago-as dentro do peito torturado
Como essência de frescas primaveras,
Como um jardim de estrelas semeado
Aonde sepultei minhas quimeras.
Tuas cartas te amor - do nosso amor
Desvairado, impossível e ardente -
Prendo-as entre os meus dedos com frescor
Beijo-as depois suave, meigamente.
E vão cair sobre elas, carinhosas,
Minhas lágrimas puras de ansiedade
Como se fossem pétalas de rosa
Desfolhadas em pranto de saudade.
2 comentários:
Como nenhum aluno da nossa escola se atreve a adivinhar quem será a autora destes poemas, resolvi dar uma ajuda. É uma professora que gosta muito de dançar...
E para já não digo mais nada...
Um leitor anónimo
Cá para mim é a Professora Maria de Jesus...
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