quinta-feira, 4 de junho de 2009

RIO SEM FIM

Rio sem fim é uma história que a Inês Santos do 6ºD nos propõe, passada no longínquo século X. Viajemos com ela:

O Rio sem Fim

Há muito tempo, no século X, perto da Arábia, havia uma pequena e única vila chamada Vila Nepino. Nessa vila, ninguém sabia nada sobre o mundo. Ao seu redor, a água que bebiam, vinha do rio Nilo e a comida que comiam vinha de hortas submersas.
Nessa vila, vivia um rapaz que gostava de, um dia, ver um rio sem fim…
Esse rapaz chamava-se Mar e, um dia, com muita coragem, decidiu perguntar ao rio se haveria um rio sem fim.
Chegou-se, então, ao pé do Nilo e sussurrou-lhe:
- Rio Nilo, se me quiseres ajudar, acompanha-me esta noite. Eu vou fugir e tentar encontrar o rio sem fim…
E assim que acabou de segredar esta frase ao rio, apareceu-lhe uma menina vinda do nada, com cabelos loiros, vestido azul e coroa dourada e ele viu logo que era uma princesa.
O rapaz não aguentou aquela surpresa e perguntou imediatamente:
- De onde é que vens? Não és de cá, pois não? Quem és tu?
- Sou a princesa do rio sem fim… Vim perdida e seguida pelos ventos para encontrar uma pessoa que me ajudasse a dar um nome ao meu reino. Chamo-me Minaoro, mas podes tratar-me por Min.
O rapaz, muito contente por finalmente poder vir a ver o rio sem fim e ajudar aquela princesa, disse:
Não te preocupes, Min! Eu vou ajudar-te!
Min aceitou e, logo que escureceu, os dois foram rumo à descoberta.
A princesa tinha consigo um mapa para chegar ao rio sem fim.
Os viajantes andaram muitas milhas até chegarem ao Templo do Coelhinho.
- Mas por que carga de água deram este nome ao templo? - perguntou Mar, curioso.
Min encolheu os ombros e ambos entraram. E a coisa mais espantosa que ambos viram foi um coelho cor-de-rosa, com o rabo maior do que a cabeça, a olhar para eles.
Depois, apareceram mais coelhos, todos coloridos, cada um mais estranho do que o outro mas que, afinal, eram todos de peluche!
Lá dentro, andaram por um grande labirinto até que começaram a ouvir risos e Min disse:
- Acho que aqueles coelhos de peluche ganharam vida e estão a tentar despistar-nos…
Nesse instante, olharam os dois para trás e os coelhinhos de peluche começaram a correr e o problema é que eles não viam nada, porque os olhos estavam cheios de lágrimas provocadas por cebolas cortadas. Então, correram com os olhos fechados durante trinta minutos e, quando os abriram, já tinham passado o Templo do Coelhinho…
Depois andaram muitas milhas, passaram pelo templo de Alá e, quando estavam junto à porta da Passagem do Urso de Peluche, Min exclamou:
- Já escolhi o nome: o meu reino do rio sem fim, irá chamar-se Mar, como tu. Tu vais ser o seu rei e eu a sua rainha!
Mar nem pensou duas vezes e aceitou. E, finalmente, passaram os dois a entrada e chegaram ao rio sem fim, conhecido hoje, por Mar.
E os dois viveram felizes para sempre!
(Inês Santos –Nº 12 – 6ºD)

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