segunda-feira, 23 de março de 2009

RECADOS DA MÃE

A partir da imagem da capa da obra Recados da Mãe de Maria Teresa Maia Gonzalez, os alunos do 7º B redigiram nas aulas de Língua Portuguesa alguns textos pessoais, preocupando-se com a caracterização física e psicológica.

O Cata-Letras aproveita para agradecer, mais uma vez, a estreita e fértil colaboração dos alunos da turma e da sua professora de Língua Portuguesa com o nosso blog.

Era uma vez uma rapariga chamada Carla. Ela tinha cabelos louros, olhos castanhos, era alta para a idade dela, tinha braços magros e mãos macias. Vestia normalmente camisola e calças e usava sempre sapatilhas pretas. Ela era muito gulosa, teimosa, curiosa, alegre, brincalhona e preguiçosa.
Um dia, a mãe de Carla pediu-lhe para ir à padaria em dela, porque estava doente. Carla foi e, quando voltava para casa, viu uma loja de gomas e decidiu entrar. Quando entrou, ficou espantada com a variedade de guloseimas que havia. Carla deu uma volta pela loja e depois foi para casa.
No dia seguinte, a mãe ficou pior e pediu à filha que fosse buscar medicamentos à farmácia. Ela foi, mas guardou algum dinheiro para ela e foi à tal loja de gomas. Comprou bastantes gomas e comeu-as todas antes de chegar a casa.
À hora de jantar, quando a mãe a chamou para ir comer, ela recusou. A mãe estranhou, pois ela costumava ter sempre fome àquela hora.
Passou uma semana e a Carla tinha poupado bastante dinheiro para ir à loja das gomas.
Depois das aulas, a Carla foi para a loja das gomas e comeu tantas que deve ter engordado um quilo.
Outra vez à hora de jantar, a mãe chamou-a para comer, mas ela recusou. A mãe disse para ela descer e perguntou-lhe:
- O que se passa?
- Nada – respondeu a Carla.
- Então por que é que não queres jantar?
- Não tenho fome, só isso.
A Carla virou-se e começou a subir as escadas, mas a mãe reparou que ela tinha um saco de gomas no bolso e perguntou-lhe:
- O que é isso que tens no bolso?
Ela corou e contou tudo à mãe. A mãe percebeu e apenas lhe deu um ralhete.
(Gonçalo Guedes, n.º 7, 7.ºB)

Era uma vez uma menina, chamada Matilde, que tinha sete anos e vivia com os pais numa aldeia, perto de uma cidade. Matilde era muito calma e simpática e adorava animais. Era pequenina, tinha cabelos compridos e ruivos, olhos verdes, esbugalhados. Era sempre muito alegre e estava sempre a sorrir.
Matilde era filha única, até ao dia em que os seus pais decidiram adoptar uma menina bebé. Ela chamava-se Iara. Iara ainda não sabia andar muito bem. Então, agarrava-se a tudo e partia muita coisa.
Matilde gostava muito da nova irmã, até porque a aldeia era muito pequenina e não havia mais crianças. Mas, depois, começou a sentir-se excluída, pois os pais deixaram de lhe dar atenção, por causa da irmã. Matilde começou a pensar que já não gostavam dela.
Como na aldeia não havia lojas nem supermercados, a mãe de Matilde pedia-lhe para ela ir à cidade, às compras.
A mãe dizia-lhe quase sempre que era preciso comprar leite para Iara.
Até que um dia a mãe disse-lhe:
- Vai à cidade comprar leite para a tua irmã!
Matilde, sem refilar, respondeu:
- Está bem. Até logo.
E saiu de casa, furiosa por ter de ir comprar leite para Iara e pensando:
- Matilde para aqui, Matilde para ali. Sempre que for preciso ir comprar leite para a Iara, é a Matilde. Mas a Iara é que recebe a atenção, ela é que é a filha mais bonita.
E depois gritou:
- Ela nem sequer é filha deles!!
Matilde pensou e decidiu que uma vez na vida, não ia fazer o recado que a mãe lhe tinha mandado fazer. Fartou-se de não receber atenção nenhuma.
A mãe dava-lhe sempre dinheiro contado para o leite, nunca a deixava comprar alguma coisa para ela.
Então, Matilde chegou à loja e o dono ao vê-la, perguntou-lhe:
- Então, são três caixas de leite?
- Não! – disse ela, enraivecida – Quero dois pacotes de batatas fritas, aquela saia ali, dois pacotes de pastilhas, três chocolates…
Depois de pagar, veio-se embora, mas não foi para casa.
Como ainda lhe sobrava dinheiro, foi a um clube de jogos e ficou lá três horas.
A mãe queria-a às quatro horas em casa, mas onde é que elas já iam…
Foi então que uma senhora que era psicóloga a ficou a observar, até que foi falar com ela. Fez-lhe algumas perguntas, como “de onde és?”, “como te chamas?”, “o que se passa?”, “estás sozinha?”…
Matilde respondeu a tudo e, então, a psicóloga percebeu o que se passava.
Foi levá-la a casa e …
(Joana Eloy, n.º 9, 7.ºB)



Era uma vez uma rapariga chamada Ana. Ela tinha dez anos e vivia com a mãe numa pequena vila, no Norte de Portugal.
Ana era uma menina bonita, com os cabelos loiros e compridos, uns olhos brilhantes como as estrelas e uma cara alegre, com lábios finos. Tinha umas pernas elegantes, que salientava com umas sandálias amarelas.
Um dia, a mãe mandou-a comprar maçãs. Preguiçosa que era, não queria ir, mas como era boa pessoa, a mãe convenceu-a a cumprir o recado.
Quando chegou à mercearia, estava lá um rapaz que ela achava giro. Como era envergonhada, não teve coragem para entrar.
De repente, o rapaz meteu conversa. Ela, corada, achou a conversa divinal. No entanto, ao olhar para o relógio, viu que já era tarde e ficou aflita. Comprou as maçãs e foi a correr para casa.
Ao chegar, a mãe deu-lhe tamanho ralhete que ela ficou amuada, mas contou a verdade à mãe. Esta, no fundo, achou graça e não a pôs de castigo.
(João Baptista, n.º 10, 7.ºB)



Era uma vez uma menina que adorava futebol.
Essa menina tinha os olhos castanhos muito escuros, o cabelo dela era curto, como o de um rapaz, e era castanho. Os lábios eram finos (cheios de cieiro no Inverno), as orelhas pequenas, as mãos tinham dedos compridos e finos, o pescoço era baixo e elegante, a boca sorridente, o nariz curto e bem feito, os braços compridos e magros e as pernas longas e magras.
Ela andava sempre de calças, t-shirts e sapatilhas, e era bondosa, alegre, simpática e amiga. Tinha a voz grossa e era endiabrada, em casa, mas envergonhada na rua (excepto quando estava a jogar futebol).
A mãe deixava-lhe sempre um bilhete com qualquer coisa para fazer: ou para ir à mercearia, ou para ir ao café. Mas ela, antes de ir fazer os favores à mãe, ia sempre jogar futebol.
Até que um dia chegou a casa e viu um bilhete da mãe a dizer que não ia estar em casa todo o dia e que só chegava por volta das nove horas da noite, pelo que ela tinha de ir fazer as compras da semana.
E a Maria, a tal menina, foi. Quando viu que os amigos iam jogar futebol, ainda tentou resistir… Porém, no momento em que ia mesmo a chegar ao supermercado, não resistiu e foi jogar futebol.
Eram nove horas e ela continuava a jogar com os amigos e nunca mais se lembrou da mãe.
A mãe chegou a casa e não a viu, telefonou-lhe, mas ela não atendeu. Chamou logo a polícia e a polícia de imediato encontrou a Maria.
Já em casa, ouviu um raspanete, levou uma estalada e a mãe disse que ela estava proibida de jogar futebol. Dizer isto à Maria era como quem a matava…
Passaram semanas e semanas e a Maria lá conseguiu convencer a mãe a deixá-la jogar futebol.
E assim a mãe passou a estar mais tempo em casa, deixando que a filha jogasse mais.
(Maria Gonçalves, n.º 15, 7.º B)

2 comentários:

Unknown disse...

mae ti amo

Anónimo disse...

mae vc e coisa mais linda do mundo te amo