quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Tal como prometemos, aqui estamos a publicar os poemas puzzle das turmas
dos 7.º e 8.º anos.
7ºA
Sei um ninho
Sei um ninho
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho novo
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino.
E guardado
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...
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7º B
Pedagogia
Brinca enquanto souberes!
Que nenhum outro mundo contradiz!
Brinca instintivamente
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
Como um bicho!
Fura os olhos do tempo,
A saltar e a correr,
Desafronta
E à volta do seu pasmo alvar
De cabra cega tonta,
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação
A ida compra e vende
A perdição
O adulto que hás-de ser.
7º C
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
“Amigo” é a solidão derrotada!
“Amigo” é uma grande tarefa,
“Amigo” é o contrário de inimigo!
“Amigo” é o erro corrigido
“Amigo” é um sorriso
De boca em boca,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
É um trabalho sem fim,
“Amigo” (recordam-se, vocês aí ,
Escrupulosos detritos?)
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada!
Um espaço útil, um tempo fértil,
“Amigo”vai ser, é já uma grande festa!
7º D
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente descobrir rosas e rios
E manhãs claras.
É urgente inventar a alegria,
Multiplicar as searas,
É urgente destruir certas palavras,
Ódio, solidão, e crueldade,
Alguns lamentos,
Muitas espadas,
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
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7º E
Um poema
Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...
8º A
Fábula da Fábula
Era uma vez
Uma fábula famosa
De que não vale a pena fixar o nome,
Alimentícia
Prudente
Inteligente
E moralizadora
À base de uns insectos
E sabedora
Simplesmente
Que, em verso e prosa,
Um demónio secreto segredava
Ao ouvido secreto
De cada criatura
Enquanto a fábula contava
Que quem não cantava
Morria de fartura
E, realmente...
A fábula garantia
Que quem cantava
Morria
De fome
Toda a gente
Repetia
Aos netos
Aos filhos
E aos bisnetos.
8º B
Amigo é...
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo (recordam-se, vocês ai,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é um sorriso
De boca a boca,
Um olhar bem limpo,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Amigo é o contrário de inimigo!
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
Amigo é solidão derrotada!
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8º C
As palavras
São como cristal,
As palavras.
Algumas, um punhal,
Um incêndio.
Outras,
Orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
Barcos ou beijos,
Verdes paraísos lembram ainda.
Tecidas são de luz
E são a noite.
E mesmo pálidas
As águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
Leves.
Quem as escuta? Quem
As recolhe, assim,
Cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
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8º D
Urgentemente
É urgente inventar alegria,
Multiplicar os beijos, as searas,
E manhãs claras.
É urgente o amor, é urgente
Permanecer.
É urgente destruir certas palavras,
Alguns lamentos,
É urgente descobrir rosas e rios
Muitas espadas.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
Ódio, solidão e crueldade,
Impura, até doer.
É urgente um barco no mar.
É urgente o amor.
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8º D ( Mário André)
Um, dois, três
Lá vai outra vez
Um, dois, três.
Da franga pedrês.
Não sei bem qual é
Apenas no pé.
Talvez a mordesse
O gato maltês
A correr atrás
Ou só lhe arranhasse
O sítio certo
Ou nem sequer mesmo
A ponta da crista
E talvez nem isso,
(quatro, cinco, seis).
Seria só susto.
Sete, oito, nove,
Foi susto nenhum:
Para dez falta um.
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8º E
Amigo é...
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é um sorriso
De boca a boca,
Um olhar bem limpo,
Um espaço sem fim,
Um trabalho sem fim
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
“ Amigo” (recordam-se vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é uma grande tarefa,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo é o contrário de inimigo!
“Amigo”é o erro corrigido
Não o erro perseguido , explorado.
É a verdade partilhada, praticada
“Amigo” vai ser, é já uma grande festa!
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