Depois de, na semana passada, termos publicado o conto “As Pedras Mágicas”, chegou a altura de darmos a conhecer uma outra história enviada pelo João Pereira, aluno do 5ºD:
O acidente no laboratório
Era uma vez dois rapazes muito traquinas, não havia ninguém que os conseguisse aturar! Os nossos dois amigos chamam-se Charlye Jhonson e Mark Hutson. Viviam numa zona chamada Brokinfast. Brokinfast era uma cidade grande, com muita população, onde as pessoas andavam sempre muito apressadas e nem davam conta do que se passava em seu redor. Nesta cidade havia uma grande escola com boas instalações, bem apresentada, estava sempre limpa, bem… quase sempre! Os alunos que a frequentavam eram atentos, nem sempre muito interessados, não havia muitas negativas. No entanto, quase todos os dias havia problemas por causa de alguma indisciplina causada por alguns alunos.
Era frequente a troca das ementas do dia, as guerras de comida, acumular o lixo no chão, já para não falar nos problemas que causavam na sala de aula.
Um dia, quando estavam no corredor, Charlye virou-se para o Mark e disse:
- O corredor está vazio… e que tal irmos para o laboratório de Biologia fazer uma experiência?
- Boa ideia…vamos! – disse o Mark.
Assim, sempre de olho no corredor, entraram no laboratório. Este era enorme… tinha muitos armários repletos de químicos e outros produtos. Ao fundo da sala havia uma enorme e valiosa exposição de esqueletos de Dinossauros encontrados numa expedição organizada pela escola. Estes eram tão aterradores que até pareciam reais. Ao darem de caras com os esqueletos, assustaram-se e começaram a correr, até que chocaram com um armário aberto, fazendo cair um frasco com um produto químico esverdeado. Eles, de tão assustados que estavam, saíram da sala e nem se aperceberam que estava a ocorrer uma modificação nos esqueletos.
Nesse mesmo dia, no intervalo, o director anuncia que os esqueletos do laboratório de Biologia estavam vivos.
- Peço a todos que evacuem a escola imediatamente! - disse o director.
Espalhou-se o caos na escola, todos fugiam, menos o Charlye e o Mark porque não tinham ouvido o aviso. Quase na hora do intervalo seguinte, estavam para sair da escola, mas não conseguiram porque a escola tinha sido fechada até que o problema se resolvesse.
Eles ficaram intrigados…
- O que é que se passará? - perguntou o Mark.
- Não sei. – respondeu o Charlye.
Charlye virou-se e disse para o amigo: - Acho que é por causa daquilo…
- AAHHHHHHAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!!! – gritaram eles aterrorizados.
Sem olhar para trás, refugiaram-se dentro de um cacifo para não serem detectados pelos dinossauros. Eles estavam de tal forma assustados que transpiravam por todos os poros.
Repentinamente, Mark fica com sede e vai buscar água à mochila dele que estava no seu cacifo. Ao preparar-se para beber a água, uma enorme pata agarra-os com tal força que Mark lança a garrafa. A água ao atingir os esqueletos fê-los voltar ao normal.
Uma estranha transformação ocorreu nos dinossauros, eles começaram a encolher, a encolher, a perder forma, até voltarem a transformar-se em esqueletos para o estudo dos alunos da escola de Brokinfast.
- Espantoso! – disse o Mark. – Como é que isto aconteceu? -Perguntou ele.
Charlye, achando aquilo inacreditável, nem tinha palavras para responder a Mark, ficou simplesmente boquiaberto e de olhos esbugalhados.
De seguida, deixaram-se de conversas e, secretamente, levaram os esqueletos de novo para o laboratório, escondendo-se ao ouvirem pessoas a entrar na escola. Eram agentes de equipas especiais que costumavam lidar com este tipo de situações. Quando entraram e, após revistarem o edifício, viram que estava tudo no normal.
- Estão a brincar connosco? – disseram os agentes.
- Vamos embora equipa, estas pessoas devem pensar que nós não temos mais nada para fazer. – replicaram eles novamente.
Na manhã seguinte, quando os professores chegaram à escola, encontraram-na toda desarrumada, os cacifos no chão, os placards caídos. Enfim parecia que lá tinha passado um furacão!
Depois, como se nada tivesse acontecido, o Charlye e o Mark foram normalmente às aulas e deixaram esta aventura como segredo para se livrarem de um grande castigo.
(João Pereira, 5ºD)
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